Chega a 2.700 o número de bois que morreram em razão do frio registrado nos últimos dias no Mato Grosso do Sul. A Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) levantou novos dados, por volta das 16h da segunda-feira (19), sobre os animais da região de fronteira com o Paraguai e em fazendas onde há áreas descampadas. As informações são do MS Record.

Segundo a diretora-presidente da Iagro, Maria Cristina Galvão Carrijo, as regiões mais afetadas foram a de Ponta Porã e de Caarapó onde morreram cerca de mil animais. “As mortes foram registradas em fazendas diferentes, mas próximas da linha de fronteira”.

A maior parte da mortandade ocorreu entre vacas magras, bezerros em fase de desmama e animais da raça Nelore, que são acostumadas com altas temperaturas. Maria Cristina ressaltou que os fazendeiros estão procurando a Iagro para relatar as perdas e que técnicos já estão visitando as fazendas e realizando exames necroscópicos nos animais.

De acordo com ela, a orientação é para que sejam feitas valas distantes de nascentes e rios para que o gado morto seja enterrado. “Nós estamos recomendando para que os fazendeiros mudem o gado de lugar no pasto, fazendo a retirada dos locais mais descampados, para que eles consigam se aproximar de algum capão e se protejam”.

A Iagro informou ainda que a contagem dos animais mortos vai continuar, pois há registro de casos também em cinco cidades da região de fronteira no lado paraguaio. Um  número tão significativo de mortalidade de animais em Mato Grosso do Sul por baixas temperaturas só havia sido registrado em 1979.

Fonte: R7

Nota da Redação: Apesar de alguma discordância sobre o assunto, vale ressaltar que os fazendeiros são responsáveis pelo (mínimo) bem-estar dos animais sob sua guarda. Os animais só morreram porque não podem se proteger ou se esconder do frio. Como responsáveis, poderiam providenciar um abrigo já que, se não estivessem presos, os animais poderiam reagir de acordo com a própria natureza.