O relatório anual realizado pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) mostrou que no ano de 2024 os centros de resgate oficial dos municípios portugueses mataram 2.364 animais em situação de rua, quantidade essa que representa um aumento de 8% em relação ao ano anterior.
O levantamento reúne dados de 74,3% dos 303 municípios portugueses e, de todos os analisados, Cascais foi o que mais executou animais no período, contabilizando 110 mortes.
Por mais que desde 2018 a legislação de Portugal proíba a matança de animais em canis e gatis por motivos de sobrelotação, uma portaria publicada em 2017 prevê exceções, que permitem a sacrifícios em determinadas circunstâncias.
Dentre as excessões estão animais que tenham provocado ferimentos graves a pessoas, apresentem comportamentos excessivamente agressivos ou sejam portadores de doenças infetocontagiosas, incluindo enfermidades transmissíveis aos humanos.
Adoções e castrações diminuíram
De acordo com o ICNF, nesse mesmo período houve queda nos números de resgates, adoções, vacinações e castrações, o que pode representar um retrocesso nas políticas de proteção animal de Portugal.
Os dados do levantamento mostram que em 2024 foram resgatados cerca de 40 mil animais, o que equivale a cinco mil resgates a menos do que em 2023. Porto é a cidade que lidera o número de animais resgatados (1.546), seguido de Vila Nova de Famalicão (1.059) e Santo Tirso (1.012).
Acredita-se que a quantidade menor de resgates esteja relacionada a queda de adoções e animais esterilizados. Com relação a adoção, houve uma diminuição de 5%, visto que em 2024 foram adotados cerca de 29 mil animais, enquanto em 2023 as taxas chegaram a 30 mil.
O mesmo é notado nos dados das castrações. Em 2024 foram realizadas 66 mil esterilizações, o que equivale a menos duas mil do que no ano anterior.
Fonte: Cães&Gatos