O número de animais encontrados mortos em rodovias do Tocantins aumenta neste período do ano graças às queimadas e ao tempo seco. A fumaça obriga os animais a fugir para buscar abrigo, levando-os para as estradas, onde muitos são atropelados e morrem.
Mais de 360 animais silvestres foram resgatados este ano no Tocantins. Muitos não sobrevivem após ao resgate e outros já são encontrados mortos no acostamento das rodovias.
Na segunda-feira (22), uma família de quatis foi vítima de atropelamento e perdeu a vida enquanto passava pela BR-153. Também no final de semana, uma onça-pintada foi atropelada e morreu na TO-296 e uma onça-parda foi encontrada morta na rodovia que liga Palmas a Porto Nacional, provavelmente vítima de atropelamento.
“Essa época coincide com as queimadas e é uma época de muita seca, então os animais tendem a se movimentar mais, seja fugindo do fogo, ou da fumaça e até mesmo na busca de alimentos. Eles se movimentam mais e estão mais suscetíveis aos atropelamentos”, explica ao G1 o biólogo do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) Tiago Scapini.
Para evitar atropelamentos, o motorista deve prestar atenção na rodovia, respeitar o limite de velocidade e não buzinar ao ver um animal, já que o barulho pode assustá-lo e fazê-lo correr sem rumo, piorando a situação. Os cuidados devem ser redobrados principalmente nas estradas rurais.
A Polícia Militar Ambiental lembra ainda que nunca se deve tentar resgatar um animal silvestre por conta própria. “Jamais recomendamos que qualquer cidadão, mesmo que o animal esteja machucado, que ele vai lá e tente capturar esse animal. O recomendado é que sempre procurem entrar em contato com o batalhão ambiental para que estejamos encaminhando equipe com profissionais qualificados, com materiais e equipamentos apropriados para fazer essa captura e dar destinação correta a esse animal”, explicou o capitão da PM Ambiental Messias Albernaz.