A crise económica e a emigração contribuíram, nos últimos tempos, para o aumento do abandono de animais, especialmente cães — alerta Cláudia Sousa, voluntária da ABRA. Esta voluntária falava à margem da “cãominhada” dinamizada ontem entre o centro urbano e o Parque da Ponte, na qual participaram 70 pessoas e 40 cães. Por sua vez, Adriana Capela sustentou que esta iniciativa se destina a sensibilizar as pessoas para algumas necessidades elementares dos animais como “trazer os cães a passear, aliando o exercício físico ao seu acompanhamento”. Trata-se de uma forma de combater o stress dos animais que não devem estar fechadas numa casa ou numa varanda como acontece por vezes. Os cães destinados à adopção estavam assinalados com balões verdes e um colete onde se lia “adopta-me”.
Cláudia Sousa revelou que são mais as entradas de cães abandonados no c anil, onde a ABRA desenvolve o seu trabalho, do que adopções de animais. Esta iniciativa visa fazer outro alerta importante: “as pessoas devem ter cuidado na escolha do cão e procurar cães que se adequem às suas habitações, especialmente quanto ao porte”.
“As pessoas gostam de cães mas depois não lhes dão a vida desejada e deixam-nos fechados em casa ou nas varandas e o cão precisa de um passeio diário” – refere Cláudia Sousa.
Para além das condições físicas, Adriana Capela destaca a importância de disponibilidade de tempo dos tutores para cuidar os cães, como é o caso, de ter tempo para lhes dar um passeio diário.
A “cãominhada” iniciou-se na rua do Castelo onde a ABRA instalou um pequeno espaço de informação sobre as suas actividades e a campanha de adopção de animais, para além de informações sobre os cuidados com os animais domésticos.
*Esta notícia foi escrita, originalmente, em português europeu e foi mantida em seus padrões linguísticos e ortográficos, em respeito a nossos leitores.
Fonte: Correio do Minho