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CAMADA DE OZÔNIO

Novos métodos agrícolas podem reduzir emissões de óxido nitroso (N2O)

Os métodos agrícolas podem reduzir as emissões de óxido nitroso sem retardar a recuperação geral da camada de ozônio, mostraram resultados de novas pesquisas.

14 de julho de 2024
Redação EcoDebate
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

O óxido nitroso (N2O), um poderoso gás de efeito estufa que é 300 vezes mais potente que o CO2, está se acumulando na atmosfera a uma taxa alarmante. A agricultura contribui significativamente para as emissões de N2O.

Uma nova pesquisa, conduzida pela Universidade de Sheffield, mostrou que o uso de fertilizantes especiais e rochas de basalto esmagadas (intemperismo de rocha aprimorada) tem o potencial de reduzir as emissões agrícolas de N2O sem prejudicar a camada de ozônio (O3).

Há um foco internacional no desenvolvimento de estratégias de redução N2O para impedir que o solo libere o óxido nitroso no ar, mas tem havido preocupações de que a redução dessas emissões possa retardar a recuperação da camada de ozônio.

A equipe de pesquisa, do Centro Leverhulme de Mitigação de Mudanças Climáticas da Universidade de Sheffield, usou um modelo de sistema terrestre de última geração para simular os efeitos da redução das emissões de N2O, usando fertilizantes com inibidores de nitrificação e aumento do intemperismo de rocha, em dois cenários climáticos diferentes, ambos seguindo acordos internacionais para proteger a camada de oz.

O modelo permitiu que a pesquisa levasse em conta como outros gases importantes (como CFCs) e as condições climáticas futuras afetam a atmosfera. Os cenários diferiam em quanto a temperatura da Terra aumentaria.

As reduções de N2O consideradas na análise representaram uma estratégia viável e planejada e demonstraram como essa estratégia de redução pode afetar a camada de ozônio sob uma variedade de condições futuras.

O estudo, publicado no npj Climate and Atmospheric Science, é único na medida em que une a mitigação das mudanças climáticas e a proteção da camada de ozônio, destacando os benefícios duplos das estratégias de redução de N2O que podem fornecer benefícios climáticos substanciais ao esfriar o planeta da redução de N2O, protegendo a camada O3 e, portanto, não afetando os raios UV prejudiciais e benefícios ambientais, reduzindo a lixiviação de nitratos em corpos hídricos e habitats naturais.

No geral, esta pesquisa mostra que reduzir as emissões de N2O das fazendas é uma maneira segura e eficaz de combater as mudanças climáticas, protegendo a camada de ozônio. Espera-se que isso leve a novas práticas agrícolas que sejam boas para o planeta e para as pessoas.

Fonte: EcoDebate

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