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DESTRUIÇÃO E MORTE

Novos focos: incêndios florestais ameaçam a vida dos animais no Pantanal

18 de junho de 2024
2 min. de leitura
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Foto: Divulgação

O Centro-oeste do Brasil está enfrentando, mais uma vez, uma temporada devastadora para o meio ambiente. Nos últimos 26 anos de levantamentos no Pantanal, este é o mês de junho com o maior número de focos de incêndio, e ainda faltam duas semanas para o mês acabar.

O trator abre caminho até o fogo. O pequeno caminhão-pipa ajuda a lançar água sobre as chamas. Do alto, a única água que cai vem do avião dos Bombeiros.

À medida que o fogo avança, põe em risco a vida dos animais. Jacarés não conseguiram fugir.

“Esses refúgios úmidos estão diminuindo e os animais, principalmente os anfíbios e répteis, precisam dessa umidade, desses refúgios, para sobreviver. Então, essa seca já está afetando esses refúgios e, consequentemente, provoca o fogo”, afirma a veterinária Franciele Cunha de Oliveira.

A poucos metros do Rio Paraguai, toda a região, nesta época do ano, deveria estar alagada, mas o que se encontra é o chão já ficando rachado por conta da falta de água, a falta da cheia que não veio em 2024, e as chuvas que também estão abaixo da média desde outubro de 2023.

Corumbá é o município brasileiro com o maior número de focos de incêndio em 2024. São mais de 1,2 mil.

Em todo o Pantanal, o INPE registrou 1.269 focos de calor nos primeiros 15 dias de junho. Em 2020, ano do maior desastre registrado no bioma, no mês inteiro, foram 406 focos.

Mais de 100 bombeiros, brigadistas do Ibama e do Instituto Homem Pantaneiro tentam combater as chamas em ao menos 13 pontos isolados do Pantanal de Mato Grosso do Sul, trabalho que é monitorado do centro de comando em Campo Grande.

“E a gente consegue visualizar no mapa toda a nossa distribuição de pessoal, materiais, logística. Por quê? O bioma Pantanal é uma situação que requer mais estrutura, porque a gente tem pouquíssimas estradas. Até mesmo a navegabilidade do rio, principalmente agora com a escassez hídrica, fica mais difícil”, explica a tenente coronel Tatiane Inoue, do Corpo de Bombeiros de MS.

A cozinheira Fátima Margarida Amorim Brandão vive há 100 km da cidade, perto de onde estão boa parte dos focos de incêndio. Em casa, cuida da saúde como pode em meio a tanta fumaça e também se preocupa com a natureza.

“Preocupa tudo sim, porque é vida né? Não é só com a nossa vida, mas a vida dos animais também. As aves também, os pássaros. Enfim, todas as espécies de animais”, diz.

Fonte: G1

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