Por Janaína Fernandes | Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
A doença renal crônica, cujos sintomas aparecem somente em um estágio avançado, é responsável por afetar principalmente cães e gatos idosos. Perceber a quantidade de vezes em que o animal urina, se alimenta ou bebe água, pode ser determinante para detectar a doença antes que a saúde do animal esteja comprometida. Um em cada três gatos e cães, desenvolve algum problema relacionado a doença ao longo da vida.
Desde falta de apetite até, vômitos, diarreia, emagrecimento progressivo e apatia, são alguns dos sintomas que os animais podem apresentar. A doença, que pode ser diagnosticada também em animais com menos de seis anos, deve ser acompanhada por aplicação de soro fisiológico, controle da pressão arterial, medicamentos que equilibrem os eletrólitos e uma dieta adequada. Além disso, exames de sangue tradicionais permitem medir a ureia e creatinina, marcadores da função renal que podem apresentar aumento na doença. O ultrassom abdominal também ajuda a identificar o quadro, uma vez que mostra as alterações dos rins em imagens.
A doença que é crônica e progressiva, deve ser detectada o quanto antes pelo responsável. Para auxiliar o diagnóstico, um novo teste chamado “SDMA” (dimetilarginina simétrica), que é um biomarcador sanguíneo do estado dos rins, é capaz de mostrar o problema em sua fase inicial.
Os exames utilizados no Brasil, são capazes de identificar alterações na creatinina apenas quando a função renal já está 75% comprometida. O novo teste que chega dos Estados Unidos, pretende flagrar a doença quando existe uma perda de cerca de 40% da função renal, podendo chegar à marca de apenas 25%. Se comparado aos métodos tradicionais, o novo teste possibilita um diagnóstico dos prejuízos aos rins com até dois anos de antecedência.
Além dos ganhos relacionados a qualidade de vida, o teste pode elevar em meses ou anos a expectativa de vida desses animais. Outra vantagem, é que o exame será importante para auxiliar veterinários a estudar e aprimorar cada vez mais a evolução da doença.