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Novo teste a alérgenos é eficaz sem recorrer a animais

22 de dezembro de 2011
2 min. de leitura
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Cientistas têm trabalhado cada vez mais, em todo o mundo, para desenvolver métodos de teste alternativos à utilização de animais. Um grupo de investigação da Universidade de Gotemburgo (Suécia) está trabalhando com excelentes resultados num método que utiliza cultura de células da pele.
Na tese “Contact Sensitizers Induce Keratinocytes to Release Epitopes – Tools for In Vitro Tests and Implications for Autoimmunity“, Sofia Andersson, do departamento de Química da Universidade de Gotemburgo, explica como o novo método permite detetar e medir os graus de alergia de diversas substâncias em contato com a pele.

Foto: reprodução CiênciaHoje

“Fizemos descobertas sobre o mecanismo por detrás das alergias por contato. Uma delas é que as substâncias alérgenas reagem com queratina-5 e 14 na pele. As células da pele, quando expostas a estas substâncias, formam bolhas. Isto pode ser utilizado para testar quando uma substância provoca alergia”, explica Sofia Andersson.
No ocidente, 20 por cento da população sofre de alergias por contato.
Metais como o níquel e substâncias presentes em perfumes e preservativos estão entre os alérgenos mais comuns, até porque fazem parte de produtos que estão em constante contacto com a pele, como joalharia, creme para a pele e maquiagem.
Proibidos na União Europeia,  os testes sem animais só tinham conseguido determinar se a substância é alérgena ou não. Com o novo método, isso mudou.
Neste, as culturas de células da pele ficam expostas a substâncias por 24 horas e depois são fotografadas. O número de células com bolhas é depois contado. Quanto maior for o seu número, maior é o potencial alérgeno da substância.
“O nosso novo teste”, explica a cientista, “tem a capacidade de dar uma resposta sobre os graus de alergia. Determina se o nível de alergia de uma substância é extremo, forte, moderado ou fraco”.
Devido aos resultados promissores das experiências, os cientistas estão trabalhando em conjunto com GU Holding, da Universidade de Gotemburgo, para desenvolver o teste e o método de análise.
Com informações de Ciência Hoje

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