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EXAMES ESPECÍFICOS

Novo método estima se cães muito idosos podem morrer nos próximos seis meses

14 de outubro de 2024
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

Para avaliar a fragilidade de cães idosos, pesquisadores da Universidade Estadual da Carolina do Norte (NC State) criaram um novo método que pode prever se os animais vão morrer nos próximos seis meses. A ideia é ajudar veterinários e tutores a tomar melhores decisões em relação a tratamento e qualidade de vida dos animais.

“Nos seres humanos, a fragilidade está ligada à mortalidade, e temos ferramentas para avaliar essa fragilidade”, afirmou Natasha Olby, pesquisadora do programa de neuroenvelhecimento canino da NC State, em comunicado. Características como perda de força, velocidade de caminhada mais lenta, perda de peso, exaustão e atividade reduzida estão associadas à fragilidade em humanos.

“No entanto, esse é um campo emergente em cães, e há uma necessidade de ferramentas de triagem que possam ser aplicadas mais facilmente”, adiciona Olby.

Pensando nisso, os pesquisadores criaram uma espécie de perfil de fragilidade para cães. Primeiro, os cientistas aplicaram um questionário de triagem nos tutores. As perguntas incluíam o estado nutricional do cão, o nível de exaustão e de energia, a mobilidade, a condição muscular e a atividade social – características avaliadas também em humanos.

Os cães classificados como deficientes em três dessas cinco categorias foram considerados frágeis. Eles tinham duas vezes mais chances de morrer em seis meses do que os demais, segundo mostrou o estudo. O estudo argumenta que o método se mostrou preciso independente da idade, sexo ou peso do cãozinho.

O único critério que se mostrou mais impactante foi a raça. Cachorros de raça-pura se mostraram 85% mais propensos a morrer no período, em comparação a doguinhos que representavam cruzamentos.

No total, foram avaliadas duas populações de cães: aqueles que já participavam do estudo de neuroenvelhecimento, totalizando 39 animais, e 198 cães com 9 anos de idade ou mais, que serviram como um grupo controle, comparado aos animais do estudo.

Limitações do estudo

Vale ponderar que, em vez de uma análise fisiológica detalhada, o novo método se baseia nas percepções dos tutores. Isso significa que a real condição de um animal pode variar de acordo com a ideia que a pessoa que cuida do animal tem dele. De toda forma, os pesquisadores argumentam que o método pode dar pistas sobre o tempo de vida dos animais.

“Ainda é um trabalho em andamento, mas essa triagem é uma ferramenta simples, que os tutores e veterinários podem usar como ponto de partida para discutir opções de cuidados para cães idosos”, disse Olby.

Ela destaca que não é possível prever quanto tempo um cão viverá, mas o questionário é bom para prever a mortalidade em curto prazo que não requer um trabalho laboratorial. “Um veterinário pode avaliar a condição corporal e muscular com uma avaliação simples.”

Fonte: Galileu

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