Por Camila Arvoredo (da Redação)
O autor de ficção J. E. Fishman acaba de lançar uma novela que trata de um debate bastante atual: o tratamento que os animais humanos devem dar aos outros animais.
“Embora seja difícil saber exatamente quantos animais passam pela vivissecção nos laboratórios em um ano, estimativas mostram que eles sejam mais de 150 milhões em todo mundo e só contando os casos de vertebrados,”, afirma Fishman. “Como um contador de histórias, minha função não é finalizar com conclusões absolutas sobre a atividade, mas preferencialmente fazer com que a reflexão sobre estas questões, que sempre perguntamos a nós mesmos, se dê. Nós parecemos estar muito inclinados a simplesmente desviar os nossos olhos desses problemas. Se “Primacy” conseguir fazer com que o leitor reflita sobre estes problemas, eu terei cumprido minha tarefa”, afirma Fishman.
O autor sabe quais são os elementos de uma boa leitura, tendo editado vários livros para sua própria agência e outras conhecidas dos EUA.
Combinando um suspense com implicações morais, “Primacy” conta a história de uma pesquisadora que se sente compelida a libertar um raro e falante macaco Bonobo de um experimento em que ela atua. No processo, ela fugirá de seu empregador de caráter duvidoso, passará por um grupo de direitos dos animais – com interesses próprios relativos ao macaco – e de seu próprio governo, para ela o último protetor do status quo. Sem lugar para fugir, ela pede ajuda para seu vizinho, um veterinário aposentado, o qual se torna um defensor do animal, juntando-se a ela, o que os leva à República Democrática do Congo.
Entre uma história de vida e morte, “Primacy” dramatiza uma questão bastante significativa de nosso dia-a-dia e acenderá um vivo debate sobre como se deve tratar os animais não-humanos. No final, o romance gera um profundo dilema ético: é correto aprisionar e torturar outras criaturas senscientes somente porque podemos fazer isso?
Como os personagens de “Primacy” lidam com um este dilema sobre como humanos e primatas deveriam co-existir, os leitores descobrem as duras decisões que se deve tomar e os riscos e os sacrifícios que provém de nossas ações. Os leitores não poderão mais se sentar em cima do muro e apelar para a sua ignorância sobre o destino de mais de dez milhões de animais nos laboratórios de pesquisas.
“Primacy” dá voz aos animais, com respeito à questão de seus direitos; questão essa que desafiará muitos leitores.
O autor Fishman é representado pela editora “Planned Television Arts”. Ainda não há traduções para o português.