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ESTRATÉGIA

Novo estudo utiliza sons para ajudar animais ameaçados de extinção

Os cientistas analisam os sons desses animais para mapear o modo de vida da espécie e entender o impacto da atividade humana

2 de agosto de 2024
Alice Cullinane
2 min. de leitura
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Foto: Getty Images

Cientistas estão prestando mais atenção nos sons feitos por algumas espécies em extinção na tentativa de ajudá-las a evitar a extinção.

A Universidade de Warwick, na Inglaterra, se uniu à Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, para analisar sons feitos por animais, incluindo tipos de pássaros e elefantes. Os cientistas estão usando um novo método adaptado de tecnologia usada para analisar ondas cerebrais na neurociência, disse a Universidade de Warwick.

A análise dos sons dos animais pode ser usada para estimar o tamanho da população, identificar onde os animais vivem e seus padrões de migração, disseram os cientistas. Eles também estão tentando entender “quaisquer impactos negativos” que os animais possam experimentar devido aos níveis crescentes de ruído da atividade humana.

O estudo é baseado em um método chamado superlet transform (SLT), que transforma sinais em uma imagem. O principal cientista envolvido no trabalho, Ben Jancovich, disse que a informação era “vital” para desenvolver estratégias de proteção para espécies ameaçadas, incluindo tipos de elefantes, baleias e pássaros.

Jancovich, um estudante de doutorado da Universidade de Nova Gales do Sul, disse que o novo método era mais preciso e ajudava os cientistas a identificar formas familiares e padrões recorrentes de sons de animais. Em comparação, os métodos existentes tinham dificuldades para visualizar informações de tempo e frequência ao mesmo tempo, o que afetava a análise dos sons.

“O novo método que demonstramos oferece maior precisão e requer menos expertise para usar, por isso deve se provar uma ferramenta extremamente valiosa para pesquisadores de sons de animais que não têm um background em engenharia”, explicou Jancovich.

O trabalho revelou que os chamados do elefante asiático, do casuar-do-sul e do crocodilo americano contêm sons que são “pulsados”. Os cientistas acrescentaram que, como essas descobertas foram baseadas em gravações únicas, não eram conclusões definitivas e que mais sons precisavam ser analisados. No entanto, eles disseram que isso ilustrou “o poder deste novo método para esclarecer detalhes”.

Traduzido de BBC News

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