O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) implementou novas regras que ampliam o acesso a alimentos à base de vegetais nas refeições escolares. A partir de agora, proteínas vegetais, como feijões, lentilhas, ervilhas e nozes, poderão substituir a carne em almoços e lanches oferecidos nas escolas. No entanto, esses alimentos não serão contabilizados como parte da cota de vegetais, o que mantém a obrigatoriedade de servir porções diárias e semanais de verduras e legumes.

As novas diretrizes, que oferecem maior flexibilidade para as escolas no planejamento das refeições, ainda precisam atender aos padrões nutricionais estabelecidos pelo governo. Segundo o USDA, mais de 100 comentários do público foram recebidos durante o processo de consulta, com muitos apoiando a substituição de carne por feijões, lentilhas e ervilhas. Esses alimentos foram descritos pelo órgão como “versáteis, acessíveis, sustentáveis, nutritivos e, infelizmente, pouco consumidos por crianças e adolescentes”.

Nozes e sementes ganham espaço nas refeições escolares

Até recentemente, nozes e sementes só podiam ser oferecidas como complementos às refeições principais ou corresponder a uma parte da cota de proteínas animais. Agora, com as novas regras, cafeterias escolares podem usá-las para substituir integralmente a carne. Diversas respostas à consulta pública expressaram apoio a essa mudança, destacando que nozes e sementes são “excelentes fontes de proteínas, vitamina E, fibras, minerais e gorduras saudáveis”.

Além disso, os populares molhos à base de feijão, como o homus, agora estão liberados para serem vendidos como lanches saudáveis, conhecidos como “Smart Snacks”, desde que respeitem os limites de calorias, sal, gordura e açúcar. Anteriormente, a lista de Smart Snacks incluía alimentos como queijo com baixo teor de gordura, ovos, aipo e manteiga de amendoim. A inclusão de molhos de feijão foi amplamente elogiada, especialmente por oferecer uma opção nutritiva e inclusiva para alunos que seguem dietas veganas ou vegetarianas.

Essas novas diretrizes, em vigor desde 1º de julho, podem ser implementadas de forma gradual nas escolas. As refeições escolares são uma fonte essencial de alimentação saudável para milhões de crianças em idade escolar nos Estados Unidos, e as mudanças visam ampliar o acesso a alternativas nutritivas e sustentáveis.