Por Claudia Braghetto (da Redação)
Uma mudança de opinião do Parlamento da Nova Zelândia sobre testar drogas recreativas em animais tem sido chamada de “um grande dia para filhotes de beagles”.
Um mês após rejeitar uma mudança na lei que proibiria experimentos com animais para testes de drogas legais, parlamentares concordaram ontem que esta política deve ser reconsiderada como parte das reformas de bem-estar animal do governo. As informações são do The New Zealand Herald.
Perguntado o motivo de o governo ter suavizado sua posição, o ministro das Indústrias Primárias, Nathan Guy, disse que era um debate que valeria a pena acontecer. Ele disse que uma proibição total dos testes de “party pills” e cannabis sintética em cães e ratos seria uma opção considerada parte da Lei de Reforma do Bem-Estar Animal.
Líder do Partido Act e ativista dos direitos dos animais, John Banks, elogiou a decisão de permitirem que a opinião do público sobre a proibição de testes em animais seja ouvida. A opinião foi apresentada pelo membro do Parlamento do Trabalho Trevor Mallard.
”É o começo do fim, para este país, da sanção à tortura dos inofensivos, infelizes, pequenos animais em nome de drogas recreacionais. Eu estou muito feliz por este dia.”
Ele disse ainda: “Eu canto para esses pequenos filhotes de beagle a canção da Little River Band: ‘Aguente firme, a ajuda está a caminho’”.
O Parlamento vetou uma emenda a Lei de Substâncias Psicoativas, que teria proibido o uso de cães e ratos como parte de um novo regime de testes de drogas legais. A Lei proibia testes em animais, mas permitia se não houvessem alternativas. Ela passou por sua primeira leitura com suporte unânime, mas alguns membros do Parlamento queriam que a mesma fosse emendada para excluir “pecuária industrial”.