O estado de Nova York deu um passo à frente na luta pelos direitos e proteção dos animais, em sessão legislativa que ocorreu na última sexta-feira (3) parlamentares aprovaram um projeto de lei que tem como objetivo impedir que lojas de animais vendam animais fornecidos por criadores abusivos, o que chamam de “fábrica de filhotes”, além de incentivar a adoção de cães e gatos de abrigos.
A medida foi apresentada pelo senador Michael Gianaris e pela deputada Linda Rosenthal -ambos do Partido Democrata – e agora vai para a aprovação da governadora Kathy Hochul.
Os legisladores afirmaram que o “oleoduto da fábrica de filhotes para a loja de animais” levou ao abuso de animais pelos criadores. “Com tantos bons animais precisando de resgate, não há necessidade de fábricas de filhotes abusivas para abastecer lojas de animais”, disse Gianaris, vice-líder da maioria no Senado.
“Nossos companheiros de quatro patas devem ser tratados com respeito, não como mercadorias”, afirmou o parlamentar.
A legislação permitiria que donos de lojas vendessem animais provenientes de organizações de adoção sem fins lucrativos e associações de proteção animal.
“As pessoas estão se tornando cada vez mais conscientes sobre os horrores das fábricas de filhotes e não querem ter nada a ver com isso”, disse Rosenthal.
“E vemos na cidade de Nova York particularmente, todo mundo parece ter um animal doméstico e eles querem que estes venham de bons lugares e eles querem animais saudáveis e a triste realidade é que as lojas de animais obtêm seus cães de fábricas de filhotes onde são criados em circunstâncias horríveis”, acrescentou Rosenthal.
Alguns representantes de lojas de animais, no entanto, alertaram que a medida apenas os colocaria para fora do mercado sem afetas diretamente criadores que mantêm animais enjaulados em porões sem acesso a cuidados veterinário, que apenas passariam a vender filhotes online.
Já ativistas em defesa dos direitos animais alegaram que “fechar o encanamento de filhotes ajudará a impedir que vendedores de varejo e criadores comerciais se envolvam – e lucrem – com uma brutalidade inconsciente”, disse Matt Bershadker, presidente da ASPCA (sigla em inglês para Sociedade Americana para a Prevenção da Crueldade contra os Animais).
Fonte: Canal do Pet