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SUBSTITUTO ADEQUADO

Nova spirulina cultivada tem B12 comparável à carne vermelha

30 de agosto de 2024
Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

Um novo relatório revela que uma variedade de espirulina cultivada em laboratório contém níveis de vitamina B12 biologicamente ativa comparáveis aos encontrados na carne bovina. A pesquisa, publicada no Discover Food, foi conduzida pelo Dr. Asaf Tzachor, fundador e diretor acadêmico do Programa de Sustentabilidade e Clima Aviram na Universidade Reichman.

Essa inovação em biotecnologia pode contribuir significativamente para combater a deficiência de B12, uma das mais comuns deficiências de micronutrientes, ao mesmo tempo em que oferece uma alternativa sustentável à carne e aos laticínios. A substituição desses produtos por espirulina rica em B12 poderia ter importantes benefícios ambientais, conforme destacado pela equipe de Tzachor.

A espirulina tradicional, uma alga verde-azulada, já é conhecida por ser rica em proteínas, vitaminas e minerais. No entanto, apesar de conter uma ampla gama de nutrientes como vitamina C, D, B6, ferro, cálcio e magnésio, a espirulina convencional não possui B12 biologicamente ativa, que é essencial para o organismo humano.

O avanço apresentado pelo Dr. Tzachor e sua equipe foi a descoberta de um método para cultivar espirulina com B12 ativa. O relatório sugere que, com a realocação de recursos, como a eletricidade atualmente usada pela indústria pesada na Islândia, seria possível produzir até 277.950 toneladas de biomassa de espirulina por ano. Isso seria suficiente para fornecer a quantidade recomendada de B12 para mais de 13,8 milhões de crianças de 1 a 3 anos.

A pesquisa comparou a espirulina cultivada à carne bovina, não apenas pelo teor de B12, mas também pelas semelhanças em proteínas, aminoácidos e ferro biodisponível. No entanto, os cientistas ressaltam que, ao contrário da carne bovina, que está associada a diversos riscos à saúde, a espirulina oferece inúmeros benefícios, como a mitigação de doenças cardíacas e a redução do risco de diabetes. Estudos recentes, como uma revisão publicada na Nutrients, indicam que a espirulina pode desempenhar um papel importante na prevenção de fatores de risco cardiovascular, como pressão alta, hiperglicemia e hiperlipidemia.

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