Uma nova lei sancionada pelo governador Phil Murphy, na semana passada, proíbe o comércio de cosméticos testados em animais em todo território de Nova Jersey, independentemente de a origem do produto ser de dentro ou fora do estado. A medida será válida a partir de 1° de janeiro de 2022.
O decreto estava entre outras demandas do estado que o governador Murphy aprovou e passou de maneira unânime no Senado e na Assembleia do estado. O regimento contou com o apoio bipartidário dos membros legislativos.
Marcas famosas como Lush, The Herbs, Bees, e US Organic Group, que não realizam testes em animais na sua produção, também foram favoráveis a nova medida.
As disposições da lei permitem que algumas exceções sejam aplicadas, como no caso de o teste ser exigido por uma autoridade regulatória federal ou estadual, ou quando o ingrediente que exige o experimento em animais for amplamente usado e não puder ser substituído por outro elemento.
Quer for pego vendendo esses produtos será multado em até US$ 1,000 por artigo. Nova Jersey é o oitavo estado americano a apoiar a lei que veta a venda cosméticos que realizam experimentos em animais. Califórnia, Nevada, Illinois, Virginia, Maryland, Maine e Hawaii já censuram essa prática.
A diretora de pesquisas e testes em animais da Humane Society dos Estados Unidos (HSUS), Vicki Katrianak, declarou apoio a medida e aplaudiu a ação. “Na aprovação desta lei, Nova Jersey reconheceu a grande verdade da opinião pública, de que os animais não devem sofrer para testar cosméticos ou ingredientes”, anunciou Katrinak.
Com as recentes evoluções tecnológicas e científicas, os métodos de teste físico em animais se tornaram arcaicos e não merecem nem ser lembrados, muito menos praticados. “Não há justificativa ética para continuar prejudicando os animais em prol de xampus, máscaras ou pós-barbas”, elucida a diretora.
Katrinak agradeceu o Senador Joseph Lagana e o Deputado Anthony Verrelli, “por sua liderança neste projeto de lei e o Governador Murphy por assinar esta importante legislação bipartidária”.
Com consumidores cada vez mais atentos a procedência dos produtos e em como eles afetam o meio-ambiente, as autoridades se sentem pressionadas a regulamentar com mais firmeza as práticas de crueldade e criar diretrizes firmes, que impeçam o sofrimento animal em prol de qualquer produto ou serviço que possa ser comercializado.