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Nova investigação expõe mais crueldades da maior produtora de ovos dos EUA

29 de novembro de 2010
2 min. de leitura
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Por Giovanna Chinellato (da Redação)

O website da Cal-Maine Foods declara que “quando se tratam de ovos, somos o centro de tudo.” Eles são o centro do recolhimento de outro quarto de milhões de ovos. Eles são o centro de um novo processo no esquema de taxar preços. E agora, são o centro da última investigação secreta da Humane Society.

A Cal-Maine está no topo da indústria de ovos, com quase 30 milhões de galinhas poedeiras confinadas em sedes ao redor do país. A National Consumers League chamou as filmagens da Humane Society de “tristes e injustificáveis”.

A investigação da Cal Maine’s Waelder, no Texas, revelou gaiolas superlotadas em que as galinhas passam a vida sem poder esticar as asas, sobre engradados metálicos que fazem suas patas sangrarem. Os pássaros se prendem nas grades, onde morrem de desidatração ou fome a poucos centímetros da água e comida. Carcaças foram deixadas em gaiolas por dias, às vezes chegando ao ponto de mumificação.

Onde foram vistas condições assim antes? Bem, em todas as outras fazendas de produção investigadas, incluindo a segunda e a terceira maiores produtoras dos EUA, filmadas poucos meses atrás.

O presidente da HSUS e CEO, Wayne Pacelle, alerta que é fundamentalmente desumano confinar um animal por toda sua vida em um espaço menor do que uma folha de papel. E quando você tem cinco empregados reponsáveis por milhões de animais, como as bases da Cal-Maine, é impossível monitorar sua condição, abandonando-as a uma vida cruel.

Segundo a Animals Change, confinadas em gaiolas, as galinhas não podem realizar nenhum comportamento natural como espreguiçar, fazer ninhos, rolar na terra ou ciscar. Em um celeiro, a infestação de moscas era tão grave que o investigador relatou: “soava como se estivesse andando sobre Rice Krispies [cereal de arroz]”. Um cano que trazia água para vários celeiros estava quebrado a uma semana, e as drenagens do esgoto inundaram o chão dos galpões.

Essa não é apenas uma forma detestável de tratar outras criaturas, é também uma prova de que existem problemas graves na indústria alimentícia. Um ovo que veio de um útero infeccionado, de uma galinha com o bico mutilado, coberta de sangue e esgoto, vivendo sobre carcaças de outras galinhas que ficaram presas nas grades de gaiolas de bateria, não é apenas nojento e causa perda de apetita, é também a explicação para a crise de salmonela no verão americano (que supreendentemente não foi pior).

Como Wayne Pacelle sabiamente coloca: “O tempo para deixarmos tudo para a indústria e pensar que tudo é aceitável já passou.”

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