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POÇOS DE CALDAS (MG)

Nova ação civil pública movida pela ANDA em parceria com outras ONGs pede o fim de charretes com cavalos

ONGs de abrangência nacional protocolaram ação pela suspensão imediata da atividade no município.

26 de julho de 2023
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

As ONGs em defesa dos direitos animais ANDA, Os Animais Importam, Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, de São Paulo-SP, e a S.O.S Animais e Plantas, de João Pessoa-PB, protocolaram uma Ação Civil Pública com pedido de tutela provisória contra o município de Poços de Caldas e da Associação dos Condutores de Veículos de Tração Animal da cidade.

Entre os pedidos estão a suspensão imediata dos serviços de charretes movidas à tração animal na cidade, além da apresentação de laudos e documentos atestando as condições de saúde dos cavalos, a realização de avaliação veterinária e o pagamento de danos morais coletivos no valor de R$200.000,00.

Ao longo dos anos, têm sido reportadas diversas situações de violação à integridade dos cavalos que conduzem as charretes, que comprometem o seu bem-estar e implicam situação de maus-tratos”, diz o documento.

Como provas do alegado são trazidas matérias jornalísticas, documentos e laudos veterinários que comprovam violações sistemáticas à integridade dos cavalos que puxam charretes em Poços de Caldas. As ONGs lembram que apesar de já existirem tecnologias aptas a substituir as carroças e charretes, trata-se de uma prática que ainda persiste no país, tanto no campo quanto nas cidades.

“Os equídeos de tração são vistos, nesse contexto, como máquinas sem sentimentos ou necessidades e não sob a ótica do bem-estar animal. Além disso, os cavalos em zonas urbanas se submetem a um ambiente adverso, repleto de estímulos sonoros e visuais, que muito pouco se assemelha ao ambiente rural com o qual os equinos estão acostumados. São seres sociáveis que gostam de interagir com outros cavalos, ao passo que a vida nas charretes leva a uma ruptura dos laços grupais, ficando o equino atrelado a um veículo a maior parte de seu tempo, contido pelo condutor, ou “confinado em instalação de onde não possa escapar” alega a ação.

Leandro Ferro, presidente da ONG Os Animais Importam destaca que precisa haver responsabilização civil da Associação de Charretistas e do município de Poços de Caldas. Segundo Leandro “é necessário que a prática das charretes em Poços de Caldas seja paralisada e não mais ocorra, como forma de impedir a continuidade dos maus-tratos aos animais, tendo em vista ser uma atividade intrinsecamente causadora de sofrimento, ocasionando a privação de liberdade e de sociabilidade aos cavalos, conforme amplamente demonstrado na peça judicial”.

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