Apesar de o veganismo ser um assunto que tem se tornado mais conhecido, imaginar um mercado inteiro composto apenas por itens sem origem animal é algo complicado em Mato Grosso do Sul. Partindo justamente da ideia desafiadora, a professora Joice Chiareto, da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), resolveu levar a ideia aos alunos do curso de Administração no câmpus Pantanal.
Apresentando o curso como bastante teórico, a professora explica que os alunos precisavam colocar os conteúdos em prática. Por isso, nasceu a ideia de criar um mercado, considerando a importância desse setor, e incluir a curiosidade do veganismo.
“Ao mesmo tempo, decidi que seria necessário incluir um elemento de desafio na atividade, por isso o supermercado seria restrito à venda de produtos veganos. Como a região é muito focada no consumo de carne, é uma oportunidade para eles pesquisarem, terem algum contato com outra realidade e conhecerem outros padrões de consumo, que é muito importante para a formação do administrador”, descreve.
Para a disciplina, a professora aproveitou um edital da UFMS que permitiria a compra de equipamentos. Com intuito de deixar tudo mais lúdico, peças de lego foram adquiridas para criar maquetes dos mercadinhos veganos.
Durante as aulas, a sala aprendeu sobre questões teóricas de decisões e requisitos, falaram sobre layout e, na terceira etapa, começaram a pesquisar sobre os produtos disponíveis.
“A partir da atividade, os estudantes conseguiram desenvolver melhor as habilidades manuais e o pensamento espacial. Além disso, conseguimos estimular as pesquisas sobre produtos e mercados pouco difundidos na região do Pantanal, na qual o consumo e comércio de carne e produtos de origem animal é muito grande”, comenta a professora.
Na prática, o conhecimento sobre o que há de origem vegetal disponível em Mato Grosso do Sul também foi aplicado. Hoje, em Campo Grande, marcas como Fazenda Futuro, os itens da “Incrível” e “Verdali” estão à venda.
Inclusive, para quem não conhece, há “frango” e “mignon” vegetal, além de macarrões e outros tipos de proteínas sem origem animal.
Para além dos industrializados, há também outros itens como tofu, leites vegetais e cereais.
Fonte: Campo Grande News