Nesta quarta-feira (8), data em que é celebrado o Dia Mundial dos Oceanos, um estudo conduzido por pesquisadores da UFRJ, UNIRIO e UERJ apontou uma alta quantidade de microplástico, considerado um dos principais poluentes do oceano, nas praias que compõem o litoral do Rio.
Os microplásticos alteram a composição dos mares e prejudicam todo o ecosistema. Essas pequenas partículas estão presentes até em roupas que, quando lavadas, liberam a substância na água.
“A poluição por plásticos em praias e outros ecosistemas marinhos são de enorme preocupação. Não só pelos resíduos que causam mal ao organismo, mas também porque esses resíduos vão se degradando e formando micropartículas chamadas de microplásticos”, informou a biológa marinha Raquel Neves, responsável pelo estudo.
“Esses microplásticos podem ocasionar diversos prejuízos à saúde dos organismos e também à saúde humana. (…) Nós encontramos microplásticos em diversas praias cariocas. Não só na praia, na água ou na areia, mas também nos organismos, principalmente os consumidos por nós”, completou.
Um levantamento, feito em parceria com a Comlurb, também mostrou que, contrariando o que muita gente acha, o lixo encontrado nas praias do Rio não é trazido pelo mar, e sim pelas bolsas e isopores de banhistas. De acordo com a companhia de limpeza urbana, na Praia de Copacabana:
Antes da pandemia: eram coletadas entre 80 a 82 mil toneladas de lixo das areias;
Isolamento total: eram coletadas 20 mil toneladas de lixo das areias;
Restrição parcial: eram coletadas 35 mil toneladas de lixo das areias.
“Através de uma parceria realizada com a Comlurb, nós pudemos observar que durante o fechamento total das praias durante a pandemia da COVID-19 houve uma redução de 70% na quantidade total de residuos sólidos coletados na Praia de Copacabana”, disse Raquel.
“Conforme as medidas foram sendo flexibilizadas, foi havendo um aumento na quantidade de resíduos encontrados e coletados pela Comlurb, o que nos indica que a maior parte dos residuos sólidos encontrados na praia de Copacabana são deixados pelos frequentadores”, finalizou.
Fonte: G1