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No CCZ de Maringá, 50% dos animais recolhidos são sacrificados

30 de junho de 2009
3 min. de leitura
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Um em cada dois animais recolhidos pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Maringá é sacrificado. Este ano, até esta segunda-feira (29), haviam sido retirados das ruas 205 bichos, a maioria cães. E dos 477 levados para o abrigo no ano passado, 246 receberam a injeção letal. Os corpos foram cremados em Santa Catarina.

maringa
Cadela é retirada da mesa após castração no CZZ de Maringá

O tempo de estadia dos animais no CCZ antes de serem levados à eutanásia, segundo a lei, é de até 120 horas. “Só que a gente não atende muito essa questão e os animais ficam mais tempo”, conta a veterinária, Marilda Fonseca de Oliveira, coordenadora do centro.

Enquanto há espaço disponível em baias e canis, a permanência dos bichos é prolongada, desde que o ambiente não se torne insalubre e não haja superlotação. Exemplo claro de que a estadia dos animais é esticada é um cavalo que foi recolhido pela equipe há quase um ano e permanece lá até hoje.

Se o animal não é adotado e se o dono não aparece para buscá-lo, o destino é receber três injeções: a primeira é um pré-analgésico, a segunda é o analgésico e a terceira é de cloreto de potássio, que provoca parada cardiorrespiratória. Do total de animais sacrificados, 138 estavam doentes, 50 eram vítimas de atropelamento, 35 eram agressivos e 20 não foram adotados a tempo.

“Ninguém quer adotar um animal feio e adulto. O centro de zoonoses é abrigo temporário e não tem grande capacidade para acomodar todos os animais que chegam”, diz Marilda, acrescentando que é possível manter até 30 cães de pequeno porte no local.

O espaço para abrigar animais é menor que a demanda. Diariamente, o CCZ recebe uma média de 25 ligações com denúncias de animais na rua ou vítimas de maus-tratos. Nas contas dos funcionários, se todos os chamados fossem atendidos, a equipe recolheria 50 animais por dia; hoje, são 34 por mês.

Antes de serem capturados pela equipe, os animais passam por uma seleção. Marilda explica que apenas são recolhidos aqueles que estejam colocando em risco a saúde da vizinhança. “Recolhemos animais agressivos e de grande porte, os que estão muito doentes e os que foram atropelados.”

Dos animais recolhidos no ano passado, 20% foram adotados; 10% fugiram ou foram soltos; 9,4% morreram de causas naturais; e 5% foram resgatados pelos donos. Um dos principais motivos que levam ao recolhimento, segundo a veterinária, é a falta de responsabilidade dos donos. “Tem gente que não respeita os bichos e acha que cachorro é descartável”, critica.

“As pessoas precisam manter os animais dentro dos quintais para não levar doenças para a rua e agredir quem passa. Acham que a rua é a extensão do quintal e os animais criados livremente”.

Fonte: O Diário Maringá

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