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MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Nível de gelo marinho atinge baixa histórica na Antártida e gera preocupação

Degelo pode afetar a reprodução dos pinguins, além de acelerar o aquecimento global.

26 de setembro de 2023
Reuters
3 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

O gelo marinho que contorna a Antártida atingiu neste inverno os níveis mais baixos já registrados, de acordo com o Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo dos Estados Unidos (NSIDC, em inglês). Divulgada na segunda-feira (25), a informação agravou a preocupação dos cientistas quanto aos impactos das mudanças climáticas no Polo Sul.

O derretimento do gelo pode impactar animais como os pinguins, que dependem dos grandes blocos de água congelada para se reproduzir e criar seus filhotes. Além disso, o degelo acelera o aquecimento global por reduzir a quantidade de luz refletida para o espaço.

Em 10 de setembro o gelo marinho da Antártida atingiu seu pico, cobrindo 16,96 milhões de quilômetros quadrados. Essa é a menor máxima para o inverno desde o início dos registros por satélite, em 1979.

Trata-se de aproximadamente 1 milhão de quilômetros quadrados a menos do que o recorde anterior, em 1986.

“Não é apenas um ano de recorde, é um ano de quebra extrema de recorde”, afirmou Walt Meier, cientista sênior do NSIDC.

Embora as mudanças climáticas estejam contribuindo para o derretimento dos glaciares da Antártida, há pouca certeza sobre o impacto das temperaturas mais elevadas no gelo marinho perto do Polo Sul. A extensão do gelo na área cresceu entre 2007 e 2016.

A mudança nos últimos anos para condições de baixas recordes tem deixado cientistas preocupados com a possibilidade de as mudanças climáticas estarem finalmente refletindo no gelo marinho da Antártida.

Um artigo acadêmico publicado neste mês pelo jornal Communications Earth and Environment descobriu que as maiores temperaturas dos oceanos, provocadas principalmente pelos gases causadores do efeito estufa, estão contribuindo para baixar os níveis de gelo marinho desde 2016.

“A mensagem-chave aqui é a de que precisamos proteger essas partes congeladas do mundo que são muito importantes por uma série de fatores”, afirmou um dos co-autores do estudo, Ariaan Purich, da Universidade Monash, na Austrália.

Fonte: G1

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