A primeira cria das palancas negras isoladas no Santuário (zona vedada de 400 hectares), do Parque Nacional da Cangandala, Província de Malange, em Angola, já nasceu, informou o Engenheiro Florestal e Biólogo Pedro Vaz Pinto, em entrevista exclusiva a RTP África, recentemente.
Pedro Vaz Pinto, disse que, a tão esperada cria nasceu em junho de 2010, e há dados não muito certos, mas que indicam já o nascimento de uma segunda cria.
“Digo isto porque a última vez que estive no Parque, pelo menos uma das fêmeas, estava com um comportamento que dava a entender que estava a amamentar uma cria, aliás, este é o comportamento normal a fêmea quando está já nos últimos dias de gestação afasta-se da manada, e hora está perto hora fica afastada, mas a cria fica em lugar seguro”, explicou.
As Palancas, são animais de reprodução sazonal, na qual uma fêmea tem capacidade de reproduzir uma cria uma vez por ano, o que corresponde a um ciclo anual de ovulação e uma gestação aproximada a dos humanos, que vai de 8 á 9 meses.
Entretanto, espera-se que no final do ano 2010, nasçam mais crias, mas não se pode esquecer que os animais foram isolados e tudo isto pode mexer com as descargas hormonais, ou de ovulação das fêmeas, logo era de se esperar que não acontecesse uma reprodução normal.
A operação de incentivo a reprodução e preservação da Palancas Negra Gigante, envolveu a captura de 9 fêmeas, e 8 machos na reserva integral do Luando, dos quais selecionou-se apenas 1 aparentemente mais experiente para juntar-se as fêmeas.
O referido macho, adaptou-se bem ao grupo das fêmeas, cumpriu o seu papel de comandar a manada, o mesmo não permitiu a aproximação de um outro porque são animais, que têm as manadas de fêmeas controladas apenas por um macho, caso outro se aproxime dá lugar a lutas em que pode morrer um ou os dois.
A palanca negra gigante, é uma espécie animal que existente apenas em Angola, no Parque Nacional da Cangandala, e na Reserva Integral do Luando.
De notar que, este projecto é liderado pelo Ministério do Ambiente de Angola, com vários parceiros, nomeadamente, a Universidade Católica de Angola, a Fundação Kissama, as FAA, entre outros.
Fonte: TPA