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NASA aprisiona ratos em gaiolas e os expõem à gravidade zero em teste

12 de abril de 2019
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Vinte ratos fêmeas foram aprisionados em gaiolas por cerca de 33 dias na Estação Espacial Internacional (ISS), um laboratório em órbita, da NASA. Os animais foram expostos à gravida zero em um estudo para entender o impacto de um voo espacial de longa duração no corpo de seres humanos.

Os animais, que têm cerca de 16 e 32 semanas de vida, ficaram aprisionados durante todo o tempo e em vários momentos apresentam comportamento de estresse, correndo compulsivamente de forma circular dentro das gaiolas, uma sintoma conhecido como “rastreamento de corrida”, muito similar ao que ocorre em animais mantidos em zoos, a zoocrosis.

Após receber uma série de críticas, a NASA alegou que os animais estão “perfeitamente bem e felizes” e, apesar de não divulgar exames, informou também que eles não sofreram nenhuma alteração significativa em seus organismos, declaração que é desmentida por ativistas em defesa dos direitos animais.

A pesquisadora da PETA Reino Unido, Anna Van Der Zalm, afirma que o experimento é desnecessário e obsoleto. “Ninguém precisa saber como ratos reagem no espaço, e verdadeiros pioneiros da exploração espacial moderna não se baseiam em experiências com animais, optam pela tecnologia do século 21, como simuladores capaz de avaliar com precisão os riscos à saúde dos astronautas”, disse.

Ao contrário de seres humanos, ratos não são astronautas e não podem dar seu consentimento para participar voluntariamente de testes. Os animais não são capazes de avaliar os risco que correm em experimentos e tampouco possuem anatomia que possa ser comparada aos seres humanos, deixando claro que a vida dos animais foram colocadas em jogo apenas para satisfazer a curiosidade cientifica da NASA. “Enviar animais sensíveis e assustados para o espaço é moralmente indefensável nos dias de hoje”, completou Anna Van Der Zalm.

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No inicio dos anos 90, a NASA concluiu que experimentos com primatas no espaço obtinham resultados irrelevante para seres humanos. Em 2010 tentou retomar seu programa espacial explorando animais, mas desistiu após pressão de ativistas. Os efeitos de exposição à gravidade zero ainda estão sendo estudados e não há forma de prever o quanto isso pode ter sido prejudicial aos animais que foram forçosamente envolvidos.

Exames cerebrais realizados em astronautas após voos espaciais mostraram mudanças tipicamente relacionadas a processos de longo prazo, como envelhecimento e deterioração de áreas responsáveis pelo movimento e processamento de informações sensoriais. Os rostos dos astronautas também apresentaram inchaço, pois a gravidade puxa os fluídos corporais para cima.

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