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PRISIONEIRA

Não desiste nunca: capivara brasileira foge de zoológico na Inglaterra em busca de liberdade

20 de setembro de 2024
Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

A fuga de Cinnamon, uma capivara brasileira do zoológico de Telford, na Inglaterra, revela a dura realidade enfrentada pelos animais confinados nesses locais. No último dia 13, ela conseguiu escapar do cativeiro, atravessando bosques dentro da área do zoológico, até finalmente desaparecer na mata, numa busca evidente por liberdade. Seu instinto natural de se afastar do cativeiro destaca o profundo desejo desses animais de voltarem aos seus habitats de origem, longe do aprisionamento forçado.

A tentativa de recaptura de Cinnamon exemplifica a crueldade do sistema de zoológicos, que mantém seres vivos privados de sua liberdade, em ambientes artificiais, longe de suas características naturais. A capivara foi localizada por meio de um drone térmico a menos de 200 metros do zoológico, mas, ao perceber a aproximação da equipe, ela instintivamente buscou refúgio mais profundo no matagal, tentando desesperadamente se manter longe dos humanos que a mantinham presa.

A instalação de gaiolas para atrair a capivara com comida é mais uma evidência do ciclo de manipulação e controle a que esses animais são submetidos. Embora o zoológico afirme que o objetivo é evitar ferimentos, a verdade é que Cinnamon, como tantos outros animais em cativeiro, não deveria estar nessa situação em primeiro lugar. Esses seres, que possuem comportamentos e necessidades complexas, merecem viver livres, em seus habitats, e não confinados para entretenimento humano.

Além disso, o zoológico descreve Cinnamon como um animal dócil, mas imprevisível quando encurralada. Esse comportamento reflete o estresse e o medo que o confinamento provoca. Em vez de tentar recapturá-la, o que o zoológico deveria fazer é reavaliar o papel de tais instituições, que perpetuam o sofrimento animal, e buscar alternativas que respeitem o direito desses animais à liberdade, como sua realocação em santuários ou em áreas protegidas nos seus habitats.

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