Uma equipe de cientistas do Museu da Baleia da Madeira, em Portugal, vai monitorar o impacto da atividade humana nas baleias e golfinhos das águas madeirenses, anunciou hoje o diretor do museu. O projeto vai decorrer até 2013.
O responsável explicou que o primeiro dos objetivos deste projeto é a criação de áreas específicas para o golfinho-roaz, com o intuito de conservar e proteger da melhor maneira para que a espécie permaneça nas águas lusitanas durante muito tempo.
O segundo objetivo encontra-se na quantificação de carga nas águas, com o intuito de observar os cetáceos de forma que se possa desenvolver uma atividade harmoniosa, sem causar danos às espécies, que são as baleias e os golfinhos.
Conforme o responsável pelo Museu da Baleia, que se situa na freguesia do Caniçal, nos últimos anos a população de cetáceos teve um rápido crescimento na ilha da Madeira e em muitas partes do mundo. Os impactos ainda não são completamente perceptíveis, daí a necessidade de estudar o impacto das referidas embarcações nas zonas onde normalmente é possível observar aquelas espécies.
Apontou como terceiro objetivo do projeto “Cetáceos Madeira II” o monitoramento dos impatos da atividade humana nas águas até às 200 milhas.
“Estabelecemos protocolos com embarcações e aí vão embarcar alguns cientistas do Museu e observadores, que vão levar alguns equipamentos para registros de tráfego marítimo, lixo e inclusive interações com os golfinhos e baleias e outras atividades que possam influenciar os cetáceos”, disse.
A partir dos resultados deste projeto, sobretudo os que saírem do primeiro e do terceiro objetivos, serão criadas propostas para entregar às entidades governamentais, “para que o governo regional tome as medidas que achar conveniente nessa matéria”, disse.
Paralelamente às iniciativas de caráter científico também serão realizadas iniciativas de divulgação, tais como palestras e exposições, e materiais ilustrativos assim como um DVD sobre os cetáceos no arquipélago da Madeira.
O projeto “Cetáceos Madeira II” vai custar 800 mil euros, é financiado pela câmara municipal de Machico e pelo programa de iniciativa comunitária “Life+” e decorre até 2013.
Fonte: Lusa