Três grupos em defesa do meio ambiente estão processando o governo dos Estados Unidos para impedir o avanço da obra do muro que separa a fronteira Sul do país com o México afirmando que a construção ameaça diversas espécies ameaçadas, como lobos e onças, além de espécies da flora.
A ação foi aberta na última terça-feira (12) no Supremo Tribunal dos Estados Unidos pelas organizações Defenders of Wildlife, a Center for Biological Diversity e a Animal Legal Defense Fund, que acusam Trump de negligenciar áreas vitais para dar prioridade ao muro.
Quando o Congresso dos EUA não alocou fundos suficientes para a construção de muros, Trump declarou uma emergência nacional e redistribuiu fundos das forças armadas. A decisão autoritária gerou repercussões negativas e o alerta de especialistas ambientais foi ignorado.
O processo que os danos causado pelo muro “incluem a construção em terras federais protegidas, incluindo florestas nacionais, e impactos adversos a espécies ameaçadas e ameaçadas listadas na Lei de Espécies Ameaçadas, bem como seu habitat crítico designado”.
Jason Rylander, da Defenders of Wildlife, aponta que a construção “bloqueará corredores críticos de vida selvagem transfronteiriços e impedirá permanentemente os esforços de recuperação de espécies ameaçadas de extinção como o lobo cinzento e a onça”, salienta o especialista.
Brian Segee, advogado do Center for Biological Diversity, disse que Trump está “transformando as regiões fronteiriças em zonas de sacrifício” pelo bem do muro. Ativistas salientam ainda que o danos já eram sentidos com os bloqueios existente e há estudos consistentes.
A fronteira Sul dos EUA possui diversas cercas e barreiras em diversos pontos. Aumentar o bloqueio trará mais prejuízos que benefícios. “o impacto cumulativo e irreversível de cercas adicionais de fronteira nas populações de animais selvagens”, diz a ação.
Trump se candidatou à presidência do país tendo como principal proposta a construção de um muro entre México e estados Unidos para impedir a passagem de imigrantes ilegais. No entanto, muito antes da ocupação humana, toda a região era povoada por espécies silvestres.
A fronteira demarca apenas territórios políticos e não deve envolver espécies nativas que em nada se beneficiam de embates humanos e precisam ter seus territórios respeitados e preservados. A decisão de Trump, além de xenófoba, é um desrespeito à vida e a à natureza.
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