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Mundo está fora do caminho para reduzir emissões de metano, alerta a ONU

Apesar da redução ter sido uma das maiores já registrada, ela ainda é insuficiente para a meta definida pelos países para 2030.

18 de novembro de 2025
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Foto: Domínio Público

Um novo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), lançado na 2ª feira (17/11), em Belém, aponta que o mundo está fora do caminho acordado para reduzir as emissões de metano. Um dos principais gases de efeito estufa, o metano é 80% mais potente que o dióxido de carbono, mas possui vida bem mais curta na atmosfera – cerca de 20 anos.

Segundo o documento, apesar das emissões terem aumentado, novas metas e tecnologias já freiam sua expansão. Na COP26 em 2021, 103 países assinaram o Pacto Global de Metano, que prevê corte nas emissões globais do gás em 30% até 2030, em relação a 2020. A meta ainda é alcançável, destaca o PNUMA.

Em junho, as metas climáticas dos países (NDCs) já previam políticas para coibir o metano em proporção 38% maior do que o registrado em 2020. Mas o esforço, apesar de ser o maior da história, ainda representa uma queda de apenas 8% até 2030, informa a Folha. “Em apenas quatro anos, fizemos melhorias, mas precisamos continuar a impulsionar cortes mais rápidos e profundos nas emissões de metano”, afirmou Julie Dabrusin, ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas do Canadá, na Bloomberg.

Um lado positivo é que a maior parte das tecnologias envolvidas para a redução do gás já está disponível e é acessível. A conta de implementação é calculada em US$ 127 bilhões (cerca de R$ 663 bilhões) anuais até 2030, sendo  80% da mitigação obtida por meio de métodos de baixo custo.

O relatório também mostra que 72% das potenciais reduções de emissões estão nos países do G20+, do qual o Brasil faz parte. Segundo o Terra, nesse grupo, a redução pode chegar a 36% até 2030.

Se cumprirem apenas as metas já acordadas, os países economizariam US$ 330 bilhões (R$ 1,73 trilhão) anualmente até 2030. Além disso, isso significaria 0,2°C a menos nos termômetros até 2050, o que evitaria 180 mil mortes prematuras.

Fonte: ClimaInfo

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