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LEIS IGNORADAS

Multidão atira lanças de ferro em chamas em manada e matam elefanta covardemente

25 de agosto de 2024
Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução | The Statesman

O assassinato brutal de uma elefanta em Jhargram, atingida por uma lança de ferro em chamas que perfurou suas costas, causando ferimentos fatais, evidencia um grave fracasso nas tentativas de mitigação do conflito entre humanos e elefantes no sul de Bengala. A Federação de Organizações Indianas de Proteção Animal (FIAPO) condenou veementemente o incidente e exigiu que o governo inicie um inquérito rigoroso, além de recomendar medidas ao ministério e ao departamento florestal estadual.

Alok Hisarwala, advogado e fundador do Centro de Pesquisa sobre Direitos Animais, destacou que o conflito entre humanos e elefantes é resultado de políticas inadequadas que ignoram os interesses tanto das pessoas quanto dos animais. “As incursões de elefantes estão se transformando em verdadeiros cenários de guerra, e o recente assassinato desta elefanta selvagem é um exemplo trágico dessa situação,” afirmou Hisarwala.

O incidente ocorreu em 15 de agosto, quando um grupo conhecido como “hulla” perseguiu uma manada de elefantes que havia se desviado para a cidade de Jhargram. Dias antes, um homem havia sido morto em um encontro com um elefante da mesma manada. Tradicionalmente, os grupos de “hulla”, controlados pelos departamentos florestais estaduais, utilizam métodos não violentos, como tambores, para afastar os elefantes. No entanto, neste caso, a multidão lançou lanças de ferro em chamas contra os animais, e uma delas perfurou as costas da elefanta, provocando um sofrimento agonizante. Um vídeo do incidente, amplamente divulgado, mostra a elefanta em agonia, com a lança ainda cravada em suas costas.

O sul de Bengala tem sido palco de frequentes conflitos entre humanos e elefantes, uma situação alarmante e de difícil manejo, conforme reconhecido pela Suprema Corte da Índia em 2018. A Corte destacou a complexidade da região, marcada por campos de arroz e outras plantações que atraem os elefantes, e determinou que 60% dos cargos vagos no departamento florestal estadual fossem preenchidos, permitindo que as ações dos grupos de “hulla” fossem conduzidas por pessoal adequadamente treinado.

O incidente em Jhargram reforça a necessidade urgente de revisão e implementação eficaz de políticas que protejam tanto os elefantes quanto as comunidades humanas, prevenindo tragédias futuras e promovendo uma coexistência pacífica.

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