Cerca de 40 papagaios que frequentam uma casa na Vila Prado, em São Carlos (SP), chamaram a atenção da costureira Gisele de Camargo Melo Brugnera. “Tirei fotos porque caso contrário ninguém acreditaria, muitos dizem que são maritacas, mas são papagaios”, afirmou.

Segundo Gisele, as aves vão até o local uma vez ao ano. “Os papagaios ficam em torno de um mês aqui e se alimentam em uma árvore de noz pecã que meu vizinho dos fundos possui no quintal. Há 50 anos meu marido mora nesse bairro e os papagaios sempre o visitaram”, explicou a costureira que pode ver as aves também em seu quintal.

A costureira de 42 anos disse que quando as aves vão embora, ela e sua família sentem falta. “Muita gente vem à minha casa ver os papagaios e meus filhos adoram o barulho que eles fazem. Queria que eles ficassem mais tempo”, falou a costureira de 42 anos.

O veterinário Ronaldo Fornielles, que viu a foto dos pássaros na casa de Gisele, disse que os papagaios da espécie Beatris Boldrim Mansur são originais da região do Pantanal, mas com o tráfico de animais, acabaram introduzidos na região de São Carlos.

“Os papagaios andam sempre em bandos, às vezes até maior de 40 indivíduos, e nesse caso é sinal de que eles superaram barreiras e estão se reproduzindo. Digo superaram barreiras, porque eles são monogâmicos e só se acasalam com um único parceiro para toda a vida, ou seja, se um deles é capturado ocorre um grande desfalque, pois o que ficou solto jamais se reproduzirá novamente”, explicou Fornielles.

Segundo o veterinário, não é recomendado que os moradores ofereçam outros alimentos além dos frutos da árvore em que eles costumam se alimentar. “Isso porque as aves devem procurar seus próprios alimentos para seguir o curso da natureza e a oferta extra pode interferir na procriação da espécie, até mesmo gerar distúrbios metabólicos e infertilidade. As aves são inteligentes e procuram locais que têm mais alimentos a oferecer”, relatou.

Fonte: G1