Por Filomena Marta (da Redação – Portugal)
No dia 16 de março de 2011, véspera do dia de S. Patrick, empregados de manutenção de um edifício de 22 andares, em Newark, nos Estados Unidos, viram um pequeno movimento dentro de um saco no depósito da conduta do lixo do condomínio.
Os empregados abriram o saco e encontraram o corpo de um cão, ainda vivo, mas tão brutalizado e negligenciado que aparentava estar morto: era um autêntico esqueleto, tinha os ossos quase a furar a pele e estava sem temperatura corporal. O animal tinha sido metido no saco de plástico e atirado pela conduta do lixo desde o 22º andar.
As autoridades de controle animal foram chamadas e levaram o cão para a ONG Associated Humane Societies, de onde foi de urgência para os Especialistas Veterinários de Garden State, de serviço 24 horas por dia. O cachorro moribundo recebeu uma transfusão de sangue, recebeu líquidos na veia e foi aquecido com cobertores elétricos. Caso não tivesse sido encontrado naquela altura, o cachorro teria apenas seis a 12 horas de vida. Os trabalhadores da ONG Associated Humane Societies, que ficaram responsáveis pelo animal, declararam ser um dos casos mais graves de crueldade já visto.
O cachorro pit bull de um ano ficou batizado como Patrick, em homenagem ao santo, e milagrosamente sobreviveu às primeiras 48 horas críticas. Assim nasceu o Milagre de Patrick, que recebeu donativos de todo o Mundo através da sua página do Facebook (The Patrick Miracle) e levou à criação do movimento Lei de Patrick (Patrick’s Law) contra abusos e maus-tratos a animais.
Kisha Curtis, de 28 anos, identificada como a tutora do cachorro foi presa com caução de dez mil dólares e é acusada de “tortura e tormento de um ser vivo”. O julgamento ocorreu nesta sexta-feira, 20 de janeiro de 2012, mas apesar de ser julgada por duas acusações de crime e duas civis, Kisha enfrenta apenas a possibilidade de 18 meses de prisão e uma multa de 3 mil dólares.