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Mulher é sentenciada a apenas 74 dias de prisão por crueldade contra gatos nos EUA

15 de agosto de 2009
3 min. de leitura
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Por Renan Vicente de Andrade  (da Redação)

Uma mulher de 52 anos foi sentenciada a passar 74 dias na prisão por um caso de crueldade com animais ocorrido em 2006 no qual 74 gatos – entre mortos e à beira da morte – foram encontrados em seu condominio.

Nese Enetullah Icgoren foi condenada pela juíza Diane Leasure por múltiplos casos de crueldade com animais. No entanto, dando tal sentença, Leasure basicamente a condenou a ficar apenas um dia na cadeia por cada gato encontrado no condominio.

Quando funcionários do controle de animais deram a batida no condomínio Owen Brown em 10 de agosto de 2006, eles acharam pilhas de fezes, um fedor insuportável de urina e gatos mortos e quase mortos por toda a casa, de acordo com documentos da acusação.

Antes de ser sentenciada, Icgoren enviou uma carta à Corte e pediu desculpas por seu comportamento. Ela culpou sua falha em se certificar de que os gatos estavam sendo tratados apropriadamente devido a sua incapacidade de se opor à sua mãe, Ayten Icgoren, que vivia com ela em Owen Brown.

Ayten Icgoren, 81, foi condenada por múltiplos casos de crueldades com animais em 2008 e sentenciada já em 2009 a 6 meses de prisão por tal delito.

“Eu gostaria de ter sido mais forte. Eu gostaria de ter sido mais persistente com minha mãe,” disse Nese Icgoren. “Ela não me escuta não importa o quanto eu insista.”

“Eu gostaria de  ter podido fazer mais pelos gatos, mas não pude,” declarou Nese.

Ela também disse que se os gatos pudessem falar eles testemunhariam a seu favor.”Eu fiz o que pude por eles.”

Ayten Icgoren esteve na Corte nesta sexta-feira para depor a favor da filha. Ela disse que em sua cultura nativa – a turca –  desobedecer aos pais é algo impensável.

“Minha filha não poderia fazer coisa alguma, sou uma pessoa teimosa,” declarou Ayten.

John Christopher Belcher, advogado de Nese, disse que tinha esperanças de que Leasure não a sentenciaria à prisão, considerando o histórico de amor aos animais de sua cliente.

Ele declarou que Icgoren viveu à cerca de animais por toda sua vida e que havia sido jóquei. “Ela viveu em uma fazenda ao sul de Virginia, onde ficava rodiada por animais e também cuidava deles,” diz o advogado.

Ele também declarou que Nese Icgoren estava psicologicamente dependente de sua mãe e que, portanto, não poderia ser considerada culpada.

Mas a promotora, Devora Pontell, que processou Nese, disse que os vizinhos precisavam ser tranquilizados e assegurados de que sua paz não seria novamente perturbada por nenhum risco à saúde que a casa de Icgoren poderia oferecer.

“Você tem o direito de viver um sua residência sem ser perturbado por outras pessoas,” ela diz.

Pontell ainda declara que Nese Icgoren é a dona do condomínio e que é, portanto, responsável por ele. Ela também percebeu que havia um gato morando no condomínio de Icgoren e requisitou à juíza uma ordem de remoção do animal. “Eu não creio que deveria haver algum gato naquele lugar,” ela diz.

Leasure, no entanto, disse que o gato poderia ficar na residência se provado que ele é castrado.

Após o parecer da juíza, Pontell disse concordar com a sentença, afirmando que um dia na prisão por cada gato encontrado “quitava o débito” de Nese Icgoren.

Nota da Redação: É triste constatar que não há justiça: apenas um dia de prisão por cada vida de um gato morto em virtude de extremos maus-tratos ou dos que quase morreram.  Quando a Justiça irá julgar o crime pela violência em si e não contra quem é cometido? Se fossem pessoas brancas ou ricas certamente ela teria pego prisão perpétua ou seria condenada à morte (se a legislação local permitisse).  E a juíza ainda permite que ela tenah gatos…

*Com informações de Explore Howard

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