Depois que sua cadelinha faleceu, Joanie Simpson foi diagnosticada com a doença conhecida popularmente como a “síndrome do coração partido”.
Uma manhã ela acordou cedo com dor nas costas e no peito. Cerca de 20 minutos depois, ela estava em um pronto-socorro local.
Logo ela foi transportada para um hospital em Houston, no Texas (EUA), onde os médicos estavam se preparando para receber uma paciente com sinais clássicos de um ataque cardíaco.
No entanto, exames dela revelaram algo muito diferente. Os médicos descobriram que Simpson tinha miocardiopatia Takotsubo, uma condição com sintomas que imitam ataques cardíacos.
Geralmente se desenvolve após um evento emocional, como a perda de um cônjuge ou filho.
É caracterizada por uma inundação de hormônios do estresse que atordoam o coração e produzem espasmos em pessoas que, na verdade, estão saudáveis.
Por isto, a doença recebeu o nome coloquial de “síndrome do coração partido”.
No caso de Simpson, o evento que desencadeou a doença foi a morte de sua amada Yorkshire Terrier, Meha.
O caso de Simpson foi mencionado na revista científica New England Journal of Medicine porque era um exemplo muito conciso de uma condição fascinante.
O caso demonstra que a morte de um animal querido pode ter um impacto tão forte nas pessoas quanto a morte de uma pessoa amada.
Um número crescente de pesquisas apoia esta ideia, como um estudo recente que descobriu que os tutores de animais com doenças crônicas têm níveis mais elevados daquilo que eles chamam de “fardo de cuidador”, de estresse e de ansiedade.
É o outro lado da ideia de que os animais têm um efeito positivo para a saúde e felicidade das pessoas.
Simpson contou que no período em que sua cadelinha morreu, seu filho operou as costas, seu genro perdeu o emprego e ela estava tendo dificuldade para vender o imóvel.
Enquanto isso, Meha, de 9 anos, sofria de insuficiência cardíaca. Ela era como uma filha para Simpson.
Meha era extremamente dócil, adorava brincar e nadar na piscina. Porém, aos poucos a doença cardíaca foi se desenvolvendo até que Simpson fez uma consulta para que a morte dela fosse induzida.
No entanto, naquele dia, a cadelinha pareceu estar bem, e Simpson cancelou a consulta no veterinário.
Meha morreu no dia seguinte, e não de forma pacífica.
Uma vez que os medicamentos estabilizaram Simpson, ela foi enviada para casa depois de dois dias, e, embora ela ainda tome dois medicamentos para o coração, ela está bem.
Simpson agora vive na cidade de Camp Woods e só tem um gato chamado Buster.
Ela ainda não conseguiu se conectar com outro cão. Ela se descreve como uma pessoa que se envolve emocionalmente de uma maneira muito profunda e por isto ela ainda está tendo dificuldades.
“Foi doloroso e traumático,” disse Simpson. Mas ela considera que o amor e companheirismo que os cães proporcionam faz com que a dor valha a pena. Por isto, ela afirma que ainda tem interesse em adotar animais.