Os ataques começaram por volta das 11h, no Rosário. Uma mulher que passava pelo local viu quando Edmeire Celestino da Silva pegou um pombo, pisou sobre a ave e depois arrancou o pescoço com a “arma”. Indignada, a testemunha — identificada apenas como Cida — chegou a oferecer dinheiro para Edmeire, acreditando que ela estava matando o pombo para se alimentar. No entanto, ela jogou a ave no chão ao lado de um jardim e foi atrás de outros pombos.
“Me ligaram e fui até o local. Havia muito sangue pela praça. Achamos uma ave, mas testemunhas disseram que ela tinha matado outras duas”, contou Rocha, que passou a perseguir Edmeire. “Liguei para a PM e nesse momento ela foi em direção à Praça Carlos Gomes, onde também tentou matar outros pombos.”
Edmeire aparentava estar perturbada, apesar de caminhar de forma normal, com a arma improvisada nas mãos. Ao ser detida pelos policiais, a jovem deu informações desconexas e chegou a falar que era “marido” da presidente eleita Dilma Rousseff. “Eu matei os pombos para chamar a atenção da Dilma”, disse.
A delegada Rosana Vescovi Mortari elaborou um Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO) por maus-tratos e porte de arma branca e depois acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para levá-la ao hospital. A mãe de Edmeire, cujo nome foi preservado, prestou depoimento e alegou que a filha tem problemas psiquiátricos e que também é usuária de drogas e já foi presa por roubo.
“Em depoimento, a moça disse que queria matar gente, mas ela não estava em seu estado normal”, comentou a delegada. A cena no Largo do Rosário assustou quem passava pelo local. “A mulher parecia uma louca. Fiquei com medo da faca que ela carregava”, contou a estudante A.S., de 17 anos.
De acordo com a lei 9.605, artigo 32 da lei de crimes ambientais, quem mata, maltrata e mutila animais pode pegar de três meses a um ano de detenção e ainda pagar multa, cujo valor é definido pelo juiz. Como Edmeire apresentava problemas psicológicos, ela responderá ao processo em liberdade.
Fonte: Correio Popular