Um gato imenso e cheio de charme trouxe de volta a alegria de viver para Enid Morrison, uma idosa solitária de 87 anos. Antes, a aposentada vivia isolada em sua casa em Rozelle, Austrália, mas tudo mudou quando passou a receber visitas diárias do felino batizado de Bootsy. Bonachão e espaçoso, o gatão também conquistou a vizinhança.
Bootsy não encantou apenas Enid, mas também os vizinhos Claudia, e o casal Mike e Sarah. Antes da chegada do gato, os vizinhos mal se cumprimentavam. Com o aparecimento do bichano, eles passaram a se revezar nos carinhos e na atenção ao animal.
“Eu acho que é uma grande honra, realmente, ser aceita assim”, diz Enid. A idosa admite que, antes da chegada de Bootsy, sua vida se resumia a ficar em casa, ler e tomar uma taça de prosecco. Agora, ela recuperou a alegria de viver.
O gato Bootsy começou a visitar Enid de repente. Ao notar a presença do felino, ela começou a deixar mimos para ele. Observando a atenção recebida, o gato decidiu adotá-la como tutora. Não demorou para que a vizinhança também se deixasse cativar por Bootsy.
“Eu passei a depender dele”, afirma Enid. “É engraçado, não é?”, comenta.
Defensora da liberdade e do instinto natural, Enid decidiu que o gato deveria manter sua rotina: aparecer quando quisesse e sair todas as noites. No entanto, Bootsy sempre volta para casa e para o carinho dela e dos vizinhos.
“Eu me tornei disponível para ser amada”, ressalta Enid. “Eu não conseguia receber isso antes.”
Sara Horn, vizinha de Enid, lembra-se da chegada de Bootsy. “Eu saía e via esse lindo gato malhado, se jogando para o lado, querendo um carinho”, diz a jovem. Outra vizinha, Vicky, afirma que o gato mudou completamente o clima na vizinhança. “Bootsy faz a diferença”, destaca.
Feliz por ter recuperado a alegria de viver, Enid reflete sobre sua vida atual. “Agora você está lá fora e está pronta para qualquer um ser, não necessariamente um amigo, mas para ser conhecida”, diz ela.
Segundo Enid, as interações com outras pessoas afastaram os pensamentos negativos e trouxeram de volta o desejo de se reconectar com os outros. “Ele [o gato] nos mostrou o caminho para a comunidade e não há como voltar atrás para nenhum de nós”, conclui a idosa.