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Mudanças na floresta afetam composição de espécies de aves em MT

26 de abril de 2011
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As aves podem ser afetadas pela variação de muitos componentes da estrutura da floresta. Práticas como o corte seletivo de madeira, por exemplo,  provoca mudanças na estrutura das florestas e têm grande efeito sobre as comunidades de animais, principalmente devido às mudanças no microclima, nas fontes alimentares e na vulnerabilidade a predadores.É o que revela a pesquisa realizada uma pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas, do Instituto de Biociências (IB) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), feita pela acadêmica Jocieli de Oliveira

O estudo teve como objetivos conhecer a composição de aves de sub-bosque em uma região da Amazônia Meridional; comparar a riqueza e a composição de aves de sub-bosque em três áreas com diferentes históricos de manejo (corte seletivo de madeira); e avaliar o efeito da estrutura da floresta sobre a composição e riqueza das aves de sub-bosque. O estudo foi desenvolvido em três áreas localizadas no município de Cláudia, ao norte do Estado de Mato Grosso. Estas áreas estão distantes entre si cerca de 20 km e apresentam histórico diferenciado de manejo.

A pesquisa foi realizada em três períodos: setembro de 2009; março e abril de 2010; julho e agosto de 2010. As aves foram capturadas por meio de redes de neblina. Os quatro componentes da estrutura da floresta amostrados em cada parcela foram: abertura do dossel, volume da serrapilheira, altitude e a densidade de árvores, sendo também considerado como variável o tempo de pós-manejo.

Em 9.167 horas na rede foram capturadas 917 aves pertencentes a 95 espécies e 29 famílias. Um grande número de espécies apresentou baixos valores de abundância e distribuição espacial restrita. Houve diferenças na riqueza das áreas analisadas, assim como a composição quantitativa variou entre as áreas amostradas. A variável altitude afetou a riqueza e composição das aves de sub-bosque e o tempo pós-manejo afetou a composição das espécies, sugerindo que a diferença no tempo pós-manejo possa refletir os estágios de regeneração da floresta, que consequentemente influenciaram as aves presentes no local.

A defesa pública da dissertação de mestrado em Ecologia e Conservação da Biodiversidade, foi apresentado nesta segunda-feira, dia 25. O trabalho foi orientado pelo  professor doutor Domingos de Jesus Rodrigues. A banca foi  composta pelas professoras doutoras Luiza Magalli Pinto Henriques, Viviane Maria Guedes Layme e o professor Rafael Soares Arruda.

Fonte: 24HorasNews

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