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DERRETIMENTO DE GELEIRAS

Mudanças climáticas provocam calor recorde na Groenlândia e na Islândia

O aumento do nível do mar, causado pelo derretimento das geleiras árticas, ameaça comunidades costeiras em todo o mundo.

12 de junho de 2025
2 min. de leitura
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Foto: Jensbn

Um estudo do World Weather Attribution revelou que a onda de calor extrema que atingiu a Groenlândia e a Islândia em maio foi intensificada em 3°C devido às mudanças climáticas causadas pelo homem. O fenômeno acelerou o derretimento da camada de gelo da Groenlândia, com impactos ainda em avaliação. “Até regiões tradicionalmente frias estão batendo recordes de temperatura”, destacou Sarah Kew, pesquisadora envolvida no estudo.

Como detalha o Mint, com informações da Associated Press, a camada de gelo groenlandesa está derretendo em ritmo muito acima do normal. Partes da Islândia registraram temperaturas de mais de 10°C acima da média, incluindo um recorde histórico de 26,6°C em Egilsstadir. Cientistas alertam que o degelo acelerado libera grandes volumes de água doce nos oceanos, o que pode desacelerar a Corrente do Golfo – corrente que transporta calor do Golfo do México para a Europa e Ártico.

Especialistas explicam que o clima do Hemisfério Norte está diretamente ligado às condições do Ártico, e que o derretimento antecipado em maio prolonga a temporada de degelo em 2024, com riscos significativos para os padrões climáticos globais. Estudos indicam que, sem a influência humana, esse evento extremo seria praticamente impossível de ocorrer naturalmente.

A região do Ártico está entre as mais afetadas pelo aquecimento global, com temperaturas subindo em um ritmo duas a três vezes mais rápido do que a média global. Esse aquecimento acelerado está causando o derretimento dramático do gelo marinho e das camadas de gelo da Groenlândia, com impactos que vão muito além do círculo polar, detalha o Times of India.

Os cientistas alertam que as mudanças no Ártico estão desencadeando efeitos em cascata em todo o planeta. O derretimento do permafrost libera metano, um potente gás de efeito estufa, enquanto a redução do gelo marinho altera os padrões de circulação oceânica e atmosférica. Essas transformações podem levar a eventos climáticos mais extremos, como furacões intensos e ondas de calor prolongadas, em regiões distantes do Ártico.

Além disso, o aumento do nível do mar, causado pelo derretimento das geleiras árticas, ameaça comunidades costeiras em todo o mundo. Os pesquisadores enfatizam que a janela para evitar os piores impactos está se fechando rapidamente, exigindo ações climáticas imediatas e ambiciosas para reduzir as emissões de carbono e proteger esse ecossistema crítico.

Fonte: ClimaInfo

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