Os ursos-polares podem chegar à beira da extinção até 2100 por conta das mudanças climáticas. O alerta foi feito por um estudo publicado na última segunda-feira (20) na revista “Nature Climate Change”.
Incapazes de se alimentar em um ambiente sem blocos de gelo, esses animais são vítimas fatais do derretimento das calotas polares causado pelo aumento da temperatura global.
De acordo com os pesquisadores, se o cenário climático manter o ritmo atual, “a queda da reprodução e da sobrevivência colocará em risco a permanência de quase todas as sub-populações até 2100”.
E mesmo que as ações humanas – causadoras das mudanças climáticas -, forem levadas em uma direção mais favorável para a natureza, a extinção dos ursos-polares, ainda segundo os cientistas, será adiada, mas não impedida.
Os pesquisadores ainda não conseguem estimar com exatidão quando cada população da espécie será prejudicada, mas estabeleceram um modelo matemático capaz de prever futuros impactos observados por meio do comportamento dos ursos entre 1979 e 2016.
“Combinamos os limites de tempo que os animais podem jejuar com os dias sem gelo. Tudo a partir de um grande conjunto dentro de um modelo de sistema da Terra, que revela quando os impactos demográficos provavelmente ocorrerão em diferentes subpopulações no Ártico”, concluíram os cientistas.
