EnglishEspañolPortuguês

IMPACTO

Mudanças climáticas podem levar à escassez de abacate; entenda a relação

O alimento depende de uma grande quantidade de água para crescer, tornando-o especialmente vulnerável em um mundo mais quente

20 de maio de 2024
Malu Pinheiro (@mariluisapp), de Glamour
2 min. de leitura
A-
A+
Foto: Ilustração | Freepik

Um novo relatório destacou o “impacto terrível” das mudanças climáticas na agricultura de abacate, com ativistas pedindo um aumento no apoio para aqueles que cultivam a fruta rica em nutrientes. O superalimento, celebrado por sua alta quantidade de fibras e gorduras saudáveis, requer uma quantidade substancial de água para crescer, deixando-o particularmente suscetível aos desafios apresentados por um clima cada vez mais quente e árido.

Principais países produtores de abacate, como Burundi, Chile, Peru, Espanha, África do Sul e México, estão testemunhando uma queda na produção devido a padrões climáticos erráticos, alerta um estudo recente da Christian Aid. Publicado nesta na segunda-feira (13), a pesquisa prevê uma potencial diminuição nas áreas de cultivo ideais que varia de 14% a impressionantes 41% até 2050, dependendo do ritmo em que as emissões globais forem reduzidas.

Mesmo se o aumento na temperatura média global for mantido abaixo de 2°C, o México, o principal fornecedor mundial de abacates, poderá enfrentar uma redução de até 31% nas zonas de cultivo adequadas até meados do século. A situação pode se deteriorar ainda mais, com uma possível diminuição de 43% se as temperaturas se aproximarem de um aumento de 5°C, relata o Wales Online.

Apenas um abacate precisa de 320 litros de água em média, de acordo com Honor Eldridge, especialista em alimentos sustentáveis e autora do Debate sobre Abacates. “Produzir um abacate está se tornando cada vez mais caro e esses custos provavelmente serão repassados para o consumidor, aumentando o preço que pagamos pelo nosso guacamole”, ela alertou.

A Christian Aid está instando os governos a se comprometerem com reduções urgentes nas emissões, acelerar a transição energética e se comprometer a fornecer mais ajuda climática a nações em desenvolvimento na Cop29 deste ano no Azerbaijão. A instituição de caridade também pede mais apoio financeiro para comunidades agrícolas vulneráveis que dependem do cultivo de abacate para seu sustento, para que possam investir em medidas de mitigação. Mariana Paoli, líder global de defesa na Christian Aid, disse: “Os abacates podem ser um superalimento, mas seu ponto fraco é a mudança climática. As comunidades agrícolas em países em desenvolvimento já estão suportando o peso da emergência climática e dependem de climas estáveis e previsíveis para alimentar suas famílias”, completaram.

Fonte: Um Só Planeta

    Você viu?

    Ir para o topo