EnglishEspañolPortuguês

ADAPTAÇÃO

Mudanças climáticas não só extinguem as aves como alteram as suas características

29 de julho de 2024
Green Savers
2 min. de leitura
A-
A+
Foto: Ilustração | Freepik

As mudanças climáticas estão mudando a maneira como vivemos no planeta. Embora isso leve muitas espécies à extinção, também faz com que estas alterem as suas características e vivências, de forma a adaptar-se.

Um estudo da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, revela que à medida que as espécies de aves vão sendo extintas, devido às mudanças climáticas, também as suas características vão alterando. A tendência é que reduzam de tamanho e tenham bicos mais curtos.

“À medida que as espécies são extintas, nós esperamos que as características que elas representam também sejam perdidas. Mas o que descobrimos foi que, com a diversidade morfológica, as características foram perdidas a uma taxa muito, muito, muito maior do que a perda de espécies poderia prever. Isto é realmente importante porque pode levar a uma grande perda de estratégias e funções ecológicas”, explica Emma C. Hughes, autora do estudo.

A equipe analisou traços morfológicos, como o tamanho e a forma do bico, o comprimento da asa e o tamanho do corpo, de 8.455 espécies de aves presentes em 814 eco-regiões. Os dados revelam que as espécies maiores e as mais pequenas, são as que correm maior risco de extinção. Existem aves mais propícias a sofrer com a perda de diversidade, bem como regiões mais vulneráveis, que vão ficar com populações homogeneizadas de aves. As montanhas dos Himalaias e as florestas secas e húmidas no sul do Vietnã e no Camboja, são exemplos apontados pelos investigadores.

De acordo com o artigo, a perda das espécies irá alterar a diversidade de características ecológicas, a história evolutiva e o funcionamento dos ecossistemas.

“A crise global de extinção não significa apenas que estamos a perder espécies. Significa que estamos a perder características únicas e história evolutiva, incluindo espécies que podem trazer benefícios únicos à humanidade que são atualmente desconhecidos“, alerta a investigadora.

Fonte: Greensavers

    Você viu?

    Ir para o topo