O ego e a ganância humana são atualmente os únicos obstáculos que precisam ser ultrapassados para que o planeta ainda tenha a chance de sobreviver até o próximo século. Apenas nos últimos 10 anos, a temperatura do planeta Terra aumentou ao equivalente a 100 milhões de bombas de Hiroshima. O aquecimento global é uma realidade e suas consequências são aterradoras.
Enquanto cabe a cada ser humano lutar para preservação do meio ambiente em que vive e explora, na outra ponta do iceberg temos as verdadeiras vítimas, nossos companheiros de evolução e existência: os animais. Indefesos, eles sofrem duplamente, pois cada vez menos reconhecem seus habitats e cada vez mais são forçados a cruzarem os caminhos de seres humanos, o que muitas vezes pode significar sua morte.
Ursos-polares são considerados os “garotos-propaganda” do aquecimento global, mas são apenas uma entre milhões de espécies que sucumbirão nos próximos anos devido à falta de alimento e abrigo causados pelo desastre ambiental promovido pela máquina capitalista. Dados apocalípticos apontam que pelo menos metade de toda fauna mundial está fadada à extinção. A biodiversidade será uma palavra constante nos livros de História daqui a alguns anos.
O aumento da temperatura do planeta deixa marcas cada vez mais evidentes. Um caso recente, foi a migração de populações de ursos-polares para cidades russas devido à escassez de alimento eu seus habitats. A foto dos grandes e belos animais magérrimos revirando latas de lixo chocou o mundo e causou ondas de pânico. O maior receio de biólogos, especialistas da vida selvagem e ativistas em defesa dos direitos animais, é que o medo seja usado como justificativa para matar animais selvagens que estão apenas confusos e famintos.
Na África e na Ásia os dados não são mais animadores, conflitos entre elefantes e seres humanos estão causando baixas em ambos os lados. Aldeões destroem os habitats dos elefantes para criar plantações, com fome, os elefantes comem as plantações e por conta disso são envenenados ou incendiados. Na Ásia, principalmente na Índia, não é incomum que elefantes sejam vítimas de descargas elétricas ou atropelamentos. Ao que tudo indica, o maior continente do mundo já não é suficiente para abrigar a todos.
Sociólogos e historiadores acreditam que as próximas décadas serão repletas de guerras e miséria. Embora tudo que seja produzido no mundo seja suficiente para alimentar toda a população do planeta, não será suficiente para a gula capitalista-industrial. A fauna e flora podem talvez ser extintas para sempre e com isso, a espécie humana também está com os dias contatos.
No entanto, nem tudo está perdido. A ONU (Organizações das Nações Unidas) faz um apelo à população mundial e sugere pequenas mudanças que serão fortes aliadas para a manutenção da vida na Terra. Entre as recomendações estão a abolição do consumo de carne e derivados de origem animal, reciclagem e reutilização, redução do uso de plástico e empatia por todas as outras espécies que dividem esse planeta conosco. Toda pequena ação fará muita diferença, para nós e para o mundo.