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BAIXO OXIGÊNIO

MPF realiza inspeção em área que teve morte de peixes no Rio Araguari, no Amapá

Moradores da comunidade de Sapo Seco, no município de Porto Grande, acusam hidrelétrica como responsável pela mortandade dos peixes.

14 de agosto de 2024
Rafael Aleixo, g1 AP
3 min. de leitura
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Foto: Movimento dos Atingidos por Barragens/Divulgação

A comunidade de Sapo Seco, no município de Porto Grande, recebeu na última semana a visita de uma equipe do Ministério Público Federal (MPF). No dia 9 de julho, moradores denunciaram a mortandade de peixes de várias espécies no Rio Araguari.

Técnicos da Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e do Corpo de Bombeiros do Amapá também participaram da inspeção. A região está localizada dentro da Floresta Estadual do Amapá (Flota).

Segundo o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a morte de peixes ocorre sempre quando há o aumento de vazão na hidrelétrica Cachoeira Caldeirão, uma das três instaladas no Araguari e a que fica mais próxima da comunidade.

Entre as espécies que foram encontradas mortas estavam: branquinha, cachorro de padre, sarda, cará, traíra e piaba.

Ao g1, a Empresa de Energia Cachoeira Caldeirão (EECC) informou que cumpriu rigorosamente a legislação e as exigências dos órgãos ambientais competentes.

A equipe da inspeção conversou com os moradores e ouviram os relatos sobre as inundações e prejuízos em plantações.

“A instituição vê esse problema da mortandade de peixes com muita seriedade e preocupação. Convidamos a Sema para ir até o local para que, com a sua expertise, auxilie o MPF a identificar a origem do problema para possamos buscar uma solução eficaz e a responsabilização de quem deu causa à mortandade, se for o caso”, informou o procurador da República, João Pedro Becker.

Foram coletadas e testadas amostras de água de onde os peixes foram encontrados mortos. O MPF informou que solicitou da empresa informações sobre a abertura de comportas no período. A análise da água do local indicou que o nível de oxigênio identificado na poça dentro da floresta estava muito abaixo do normal.

De acordo com o MPF, uma ação foi ajuizada pedindo a condenação da empresa em R$ 15 milhões por conta da morte de peixes, no período de 2016 e 2027. O processo segue na Justiça Federal.

Fonte: g1 AP

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