O Ministério Público em Cravinhos (SP) ouviu na tarde de segunda-feira (09) um suspeito de ter abandonado um cachorro amarrado pelas patas dentro de um saco de lixo em um terreno baldio do município.
O animal, encontrado por populares no dia 4 de dezembro, foi internado em uma clínica particular, mas não resistiu e morreu três dias depois, vítima de cinomose – doença que ataca o sistema nervoso – e da doença do carrapato. O homem nega ser tutor do animal.
De acordo com o promotor que investiga o caso, Wanderley Trindade Junior, o suspeito foi localizado por correspondências de um determinado endereço encontradas no saco de lixo em que o cachorro foi amarrado. Em audiência no MP, o homem negou ter abandonado o cachorro, e disse ainda que nunca tinha visto o animal. “Ele disse inclusive que tem três cachorros na casa onde vive, e que cuida bem destes animais. Acrescentou que na casa dele moram 11 pessoas, mas que o cão não pertencia a nenhum morador da casa”, diz Trindade Junior.
O promotor pediu que uma veterinária fosse até a casa do suspeito nesta terça-feira (10) para fazer uma avaliação dos animais e verificar se eles são bem tratados. Segundo Trindade Junior, outras testemunhas devem ser ouvidas ainda esta semana – uma delas, de acordo com o promotor, diz ter certeza de que o suspeito era dono do cachorro abandonado. “Essa testemunha diz que tem conhecimento da autoria. Ela confirma que teria sido o suspeito e o irmão que teriam abandonado o animal”, diz.
Pena alternativa
Caso o autor do crime não possua antecedentes criminais, a pena deve ser cumprida por meio da prestação de serviços à comunidade, de acordo com Trindade Junior. “Vamos fazer com que a pessoa preste serviços em alguma clínica pelo período de um ano e que dê palestras em escolas sobre educação ambiental”, diz.
O promotor também ajuizará uma ação civil pública por danos morais coletivos gerados pelo abandono do cachorro. “Pelo fato de o caso ter causado clamor público, isso mostra uma indgnação coletiva, daí a necessidade de fixarmos uma multa de dano moral coletivo para o autor do crime”, afirma.
Com informações do G1