O movimento que contesta a construção de um dos maiores centros na Europa de produção de animais para fins experimentais na Azambuja, em Portugal, está a iniciar uma nova ronda de audiências com os partidos, com o intuito de propor a suspensão do projeto.
Depois da audiência com o Bloco de Esquerda, a Plataforma de Objeção ao Biotério reúne-se hoje (11) com o grupo parlamentar do PCP e aguarda a marcação de novas audiências com os restantes grupos parlamentares e com o Governo, referiu a porta-voz do movimento, Constança Oliveira.
“Tendo em conta o projeto de resolução assinado por todos os grupos parlamentares na legislatura anterior a dizer que Portugal devia ter um centro de alternativas à experimentação animal e que todos os laboratórios deveriam ter um comitê de ética, o objetivo destas audiências é perceber que medidas os novos ministérios irão tomar para concretizar o que foi assinado”, explicou a ativista.
Para além da inviabilização da construção do biotério, a Plataforma de Objecção defende que o “dinheiro seja canalizado para a construção de um centro de alternativas à experimentação animal”, disse Constança Oliveira.
Após reunir com o movimento, o Bloco de Esquerda (BE) apresentou já este mês na Assembleia da República dois projectos de resolução que visam suspender a construção do biotério pela Fundação Champalimaud, em colaboração com a Fundação Calouste Gulbenkian.
No projecto de resolução, o BE vem pedir que sejam suspensas os fundos comunitários destinados ao projecto até à conclusão de um estudo sobre as necessidades de animais para fins de experimentação científica e sobre a rede nacional de biotérios.
A Fundação Champalimaud pretende construir um biotério com 25 mil gaiolas para produzir animais para experimentação animal em terrenos cedidos pelo município da Azambuja.
Fonte: Correio da Manhã