EnglishEspañolPortuguês

INVESTIGAÇÃO

Motorista que atropelou cachorro duas vezes em Praia Grande (SP) diz que não o viu; tutores contestam

3 de setembro de 2024
2 min. de leitura
A-
A+
Foto: Divulgação

O motorista, de 43 anos, investigado por atropelar e matar um cachorro em Praia Grande, no litoral de São Paulo, negou ter visto o animal na rua. O homem foi identificado pela Polícia Civil e liberado após prestar depoimento. Ao ser questionado pela imprensa, ele informou não ter nada a dizer.

O atropelamento do cachorro Guri, de 12 anos, ocorreu na Rua Vicente Ítalo Feola, no bairro Ocian, por volta das 11h50 do último sábado (31). Câmeras de monitoramento flagraram o motorista passando por cima do cão duas vezes, pois após a primeira ele ainda deu marcha à ré.

Após ser localizado no bairro Sítio do Campo, o condutor foi até o 1º DP de Praia Grande prestar depoimento na noite de segunda-feira (2). Na ocasião, ele foi abordado pelo repórter Matheus Croce, da TV Tribuna, que questionou a motivação do atropelamento. Sem olhar diretamente para a câmera, o investigado se limitou a dizer que não viu o cão.

Em nota, nesta terça-feira (3), a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) disse que investiga a morte do cachorro. O caso foi registrado como praticar ato de abuso a animais no 1º DP de Praia Grande, que trabalha para esclarecer os fatos.

Atropelamento

A sobrinha do tutor do animal, que preferiu não ser identificada, contou que Guri estava acostumado a sair e retornar para casa, mas acabou sendo atingido pelo veículo.

“O cachorro sempre passeou por ali. Meu tio nunca foi de prender cachorro, então ele sempre soltava [os três animais que tem]. Todo mundo ali conhece esses cachorros. Até quando eu passo por ali eles [vizinhos] perguntam”, disse a mulher.

Como o tio estava internado, uma cuidadora ficou responsável pela casa e por liberar os animais para passearem. “Eu mesma fazia isso. Abria, eles davam a volta no quarteirão, ficavam na esquina ali perto e voltavam [para o imóvel]. Faziam isso umas duas vezes por dia. Sempre foi assim durante anos”.

Moradores do bairro encontraram o animal atropelado e o levaram até a casa do tutor, momento em que a cuidadora entrou em contato com a sobrinha para informá-la sobre o que tinha ocorrido. A família registrou um boletim de ocorrência.

“É complicado, muito triste isso. Um cachorrinho alegre, que não estava fazendo mal para ninguém, passa um cara desse e faz isso”, disse a sobrinha.

Fonte: G1

    Você viu?

    Ir para o topo