O motorista de ônibus que atropelou um cachorro no cruzamento da avenida Itavuvu e rua Andrelino de Souza, no Jardim Maria Antônia Prado, em Sorocaba (SP) procurou a redação do Jornal Cruzeiro do Sul para dizer que não fez de propósito, pois não tinha visto o animal e nem disse as frases reproduzidas no texto da notícia. O cão morreu e o mecânico Sérgio Folco denunciou o motorista à polícia. O atropelamento do animal aconteceu na madrugada de 2 de janeiro, sábado, e foi noticiado na ANDA no dia 3 (veja aqui).
De acordo com a versão do motorista Iran Farias, os fatos ocorreram da seguinte maneira: “Estava eu transitando na avenida Itavuvu quando me dei conta de que um motorista em um carro me seguia tentando fazer com que eu parasse o coletivo. Ele alegava que eu havia atropelado e matado um cachorro e que queria conversar comigo. Falei para ele que não tinha visto cachorro nenhum e que não ia parar o ônibus, temendo também poder sair do controle aquela situação e haver agressões físicas de ambas as partes, visto que ele estava bastante alterado ao tentar me abordar”.
Farias explica que não parou o ônibus e o mecânico forçou-o, fechando a frente, mas desviou. E prossegue: “Ainda assim, ele emparelhou o veículo ao lado do ônibus e disse que iria fazer uma denúncia contra minha pessoa. Em resposta falei que ele poderia, sim, fazer isso, sem qualquer problema, e informei a ele que não iria parar o ônibus de forma alguma. Ele, irritado por eu não ter feito o que ele queria, fez o boletim de ocorrência e tentou agravar o ato do atropelamento para me prejudicar e nada mais, pois se ele realmente estivesse preocupado com o cachorro, ele mesmo teria parado o veículo no exato momento do ocorrido para prestar algum socorro ao animal”.
Para o motorista, a versão que constou do boletim foi “intencionalmente modificada para dar uma gravidade muito superior à realidade dos fatos, bem como atribuiu um dolo ao ato do atropelamento que, em realidade, não existiu”.
Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul