Cientistas marinhos seguiram investigando, neste domingo, a morte de 26 filhotes de golfinhos encontrados no golfo do México desde o início deste ano. O estudo se revela mais intrincado do que previam os cientistas. As carcaças de bebês ou recém-nascidos de golfinhos, com cerca de um metro de comprimento, foram descobertas em 20 de janeiro. Elas estavam espalhadas em ilhas, pântanos e praias que ficam ao longo de 320 quilômetros da região costeira dos Estados de Lousiana, Mississipi e Alabama. O número de mortos é dez vezes superior à média que costuma ser registrada nesta época do ano.
– É uma anomalia – comenta Moby Solangi, diretor do Instituto de Estudos de Mamíferos Marinhos, em Gulfport (Mississipi).
Como o período de gestação desses animais varia de 11 a 12 meses, explica ele, os animais que nasceram agora provavelmente foram concebidos pelo menos dois meses antes do vazamento de óleo da British Petroleum (BP). Em abril de 2010, a plataforma de exploração da empresa explodiu, matando 11 pessoas e despejando cerca de 5 milhões de barris de petróleo nas águas do golfo do México – um dos piores acidentes ambientais dos Estados Unidos.
Nenhum dos corpos continha sinais evidentes de contaminação, mas Solangi adiantou que necrópsias estão em andamento. Pedaços da pele foram retirados para verificar se há substâncias químicas tóxicas, provenientes do petróleo, que poderiam ter influído na morte dos animais.
Fonte: Correio do Brasil