O setor da indústria da carne que cria os animais para fins de consumo humano causa diversos efeitos negativos no meio ambiente, além de tratar os animais como meras mercadorias para geração de lucro. Essa prática da matança animal aumentou no Brasil para algumas espécies.
Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), enquanto a indústria bovina teve uma queda de 9,8% na morte de bois no terceiro trimestre desde ano, a morte de porcos cresceu 7,6% e o de frango 1,2% em relação ao mesmo período de 2020.
Esse aumento se justifica devido ao preço da carne bovina estar mais cara, fazendo com que os consumidores comprem mais carne de porco e de ave. Em períodos de crise e inflação, a morte de animais com cortes considerados “mais baratos” cresce, ou seja, a violência aumenta envolvendo os frangos e os porcos.
Segundo a pesquisa do IBGE, que ainda será concluída e divulgada no dia 8 de dezembro desse ano, o volume de carcaças dos porcos e frangos aumentou de 8,5% e 4,1% em comparação com o terceiro trimestre de 2020. Somando 3,63 milhões e 1,27 milhões de toneladas em apenas 90 dias.
Segundo o portal Vegazeta, o Brasil já havia atingido um recorde da morte de porcos no segundo trimestre deste ano quando matou 13,04 milhões de porcos.
Já não bastasse o cenário horrendo de holocausto animal, o número de porcos e frangos mortos vem batendo recorde, ultrapassando a média anterior de 4,34 milhões por mês, ou seja, mais de 144 mil mortes por dia e mais de seis mil por hora.
O número de frangos mortos superou o de 1,52 bilhões do segundo trimestre desse ano devido a procura desse tipo de carne ter aumentado.
Vida animal reduzida para o consumo humano
No Brasil, a vida dos porcos é violada desde os primeiros dias de vida, pois os animais passam por um processo em que sua cauda e seus dentes são retirados sem anestesia e depois são separados de sua mãe, além de não ultrapassarem seis meses de idade, pois são mortos antes disso.
Já a vida dos frangos, normalmente, não passa de 30 a 45 dias antes de serem mortos para fins alimentício. Além das granjas serem locais de superlotação e de privação de comportamentos naturais, favorecendo a ansiedade e estresse das aves.