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Morte misteriosa de pássaros intriga agricultores de cidade em Portugal

5 de abril de 2011
2 min. de leitura
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Alguns agricultores com hortas e pequenas propriedades na freguesia de Nossa Senhora das Neves, a cerca de seis quilômetros de Beja, em Portugal, estão preocupados com a anormal quantidade de pássaros mortos sem causa aparente que têm encontrado nas ramas ou por debaixo das árvores plantadas nas suas terras.

Muitos piscos e padais são encontrados mortos diariamente. Foto: Carlos Pinto

“Tenho encontrado muitos pássaros mortos pela manhã. Os bichos estão lá em cima e quando vem de manhã estão sempre no chão dois ou três, mortos. E isto já vem ocorrendo há um mês”, conta Agostinho Relva, de 62 anos.
Na maioria dos casos trata-se de aves insetívoras, sobretudo piscos, e também pardais, e segundo este agricultor a situação repete-se nas terras de alguns vizinhos.

“Tenho sido agricultor toda a vida e nunca tinha visto nada assim. Este ano têm aparecido muitos pássaros mortos, mas o que lhes acontece não sei”, confirma Manuel Guerreiro, de 79 anos.

Tal como este agricultor, também Agostinho Relva não sabe o que tem acontecido aos pássaros. Até porque, diz, tratou o seu pequeno olival e laranjal como de costume. “Tenho feito como faço todos os anos e nunca vi uma coisa assim! Acho que não é normal”, frisa.

Herbicidas

A utilização de herbicidas ou pesticidas no tratamento de árvores e prevenção de pragas em algumas explorações agrícolas, sobretudo olivais, pode estar na origem da misteriosa morte de dezenas de pássaros registada nas últimas semanas – e noticiada pelo CM – na freguesia de Nossa Senhora das Neves (Beja).

“Este caso pode estar relacionado com a utilização de algum produto químico, mas precisávamos de pistas mais concretas para podermos avançar”, explicou José Paulo Martins, da associação Quercus.

O responsável acrescentou que sem uma análise nos pássaros não é possível fazer mais do que “especular”, e por isso pede a quem encontrar aves mortas que as “recolha, congele e entregue” às autoridades.

Com informações de  Correio Alentejo e Correio da Manhã

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