A morte de KitKat, um gato muito conhecida no bairro Mission de São Francisco, após ser atropelada por um robotáxi da Waymo, reacendeu o debate sobre a segurança dos veículos autônomos e a falta de uma figura que possa assumir a responsabilidade quando ocorre um acidente nesse tipo de sistema.
O animal, muito querido pelos comerciantes e moradores locais, era considerado parte da vizinhança devido à sua natureza sociável e presença diária nos estabelecimentos comerciais da rua. Após o acidente, diversos moradores ergueram um memorial em sua homenagem e compartilharam mensagens expressando sua preocupação com o impacto dessa tecnologia na vida urbana.
Reação institucional
A supervisora Jackie Fielder defendeu a necessidade de dar aos condados a autoridade para decidir se permitem ou não os robotáxis. Durante uma aparição pública, ela observou que “um motorista pode ser identificado, pode se desculpar e pode ser responsabilizado perante a lei, se necessário”, enquanto que em um incidente envolvendo um veículo autônomo, “não há ninguém a quem responsabilizar pelo dano”.
Este incidente coincidiu com a crescente preocupação entre grupos de cidadãos que temem a rápida implementação dessas tecnologias sem consenso suficiente. Alguns lembram acidentes anteriores envolvendo carros autônomos, o que alimentou a desconfiança nesses serviços e fortaleceu as demandas por regulamentação.
Resposta da Waymo
A empresa explicou que seu veículo estava parado para pegar passageiros quando o gato rastejou para debaixo do carro assim que ele começou a se mover. A Waymo expressou suas condolências à comunidade por meio do The Guardian e afirmou que o bem-estar e a segurança de seus moradores estão entre suas principais prioridades, assim como seu compromisso com a convivência harmoniosa nas áreas onde opera.
Daniel Zeidan, membro da família proprietária da loja onde KitKat morava, enfatizou que o gato era uma figura muito querida. “Ele fazia parte da vizinhança”, disse ele, após anunciar uma iniciativa digital em memória de KitKat para apoiar organizações locais dedicadas ao cuidado e à proteção de animais abandonados.
Traduzido de El Confidencial.